Plateia lotada para a abertura do X Seminário Internacional de Direitos Humanos Xabier Gorostiaga, que ocorre na Universidade Católica de Pelotas (UCPel) até o dia 09 de maio. A primeira noite do evento contou com conferência de abertura do professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), José Carlos Moreira da Silva Filho, antecipada pela cerimônia de abertura.
A primeira atividade oficial do encontro, que reúne universidades da América Latina para o debate sobre os Direitos Humanos, contou com a presença do reitor da UCPel, José Carlos Pereira Bachettini Júnior, que em sua fala de abertura destacou a satisfação da Instituição em receber o Seminário, principalmente por reunir pensadores de diversos países da América Latina.
Para a coordenadora do curso de Direito, professora Ana Cláudia Lucas, a realização do seminário ratifica a parceria entre a UCPel com a Universidade Católica do Uruguai e com a Universidade Católica de Córdoba, da Argentina. “Esse encontro busca efetivar as conquistas históricas dos Direitos Humanos e também formar e capacitar pessoas hábeis no tema”, disse.
Representando o chanceler da UCPel - arcebispo Dom Jacinto Bergmann -, o padre Guilherme Panatieri demonstrou grande alegria com a realização do evento justamente por colocar em debate um tema tão significativo. “Aproveitaremos esses dias para refletir sobre a humanidade, de forma especial sobre os migrantes, para que se pense academicamente caminhos para que essa população seja respeitada”, apontou.
Conferência de abertura
Foi com um vídeo sobre a Anistia que o professor José Carlos Moreira da Silva Filho iniciou sua palestra, comentando sobre a justiça de transição, que este ano ganha destaque no Brasil. “Quando se fala de justiça de transição é preciso usar a memória em diferentes âmbitos, pois a história precisa ser conhecida para seguir adiante”, lembrou.
De acordo com o professor, quando se fala de memória, imagens e testemunhos são importantes, principalmente no caso do Brasil, onde a transição da ditadura para a democracia foi peculiar por ter ocorrido dentro de um processo assistido pelo próprio regime. O docente ainda destacou que é importante para os acadêmicos conhecerem os aspectos de redemocratização do Brasil para não deixar cair no esquecimento a herança autoritária do país.
O X Seminário Internacional de Direitos Humanos Xabier Gorostiaga prossegue nesta sexta-feira (09) no Auditório Dom Antonio Zattera, com atividades pela parte da manhã, tarde e noite.
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