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Voluntariado no apoio aos peregrinos da Jornada Mundial da Juventude
26.07.2013 | 08:23 | #capelania-e-identidade-crista
Voluntariado no apoio aos peregrinos da Jornada Mundial da Juventude
Visitando a comunidade de Varginha, Manguinhos, na manhã desta quinta-feira (25), o Papa Francisco falou sobre o carinho dos brasileiros em acolher. “Quando alguém que precisa comer bate na sua porta, vocês sempre dão um jeito de compartilhar a comida: como diz o ditado, sempre se pode ‘colocar mais água no feijão’. E vocês fazem isto com amor, mostrando que a verdadeira riqueza não está nas coisas, mas no coração”, disse, conquistando, mais uma vez, o público que o ouvia. Além dos 60 mil voluntários em toda a Jornada Mundial da Juventude, e aproximadamente 200 na Paróquia Nossa Senhora dos Navegantes, onde o grupo da Arquidiocese de Pelotas está instalado, parece que boa parte do Rio de Janeiro está de braços abertos para orientar os peregrinos.

Apesar dos transtornos no transporte público, com a presença massiva de pessoas de todas as partes do mundo, lotações e filas, os cariocas, em geral, procuram auxiliar quem é de fora. Na noite da quarta-feira, por exemplo, o grupo de Pelotas e região foi guiado por duas moças, em diferentes ocasiões, para chegar com agilidade e tranqüilidade no alojamento. Uma delas chegou, inclusive, a mudar o próprio itinerário, apesar da noite e da chuva, apenas para orientar melhor o grupo. 

No alojamento, três jovens voluntárias faziam parte da equipe de acolhida. Isso implicava em ficar muito tempo acordado, esperando a chegada dos grupos, para depois, gentilmente, encaminhá-los para suas acomodações. A professora Vanessa Nascimento, 19, era uma das que passou um dia inteiro acordada, com apenas 30 minutos para fechar os olhos. “É maneiro, meio surreal”, contou, animada. Para as moças, moradoras de Bangu, participar do voluntariado têm sua motivação, primeiramente, no amor a Deus. Depois, pela oportunidade de conhecer pessoas diferentes e ter ativa participação nas ações da Igreja. Para receber os grupos, elas e os demais voluntários participaram de pelo menos cinco reuniões de treinamento, que traziam informações desde os acontecimentos programados no evento até maneiras de tratar os visitantes. “Vemos que a nossa Igreja é muito grande”, constatou Vanessa. “Parece que a Jornada está na nossa casa”, concluiu a estudante de Administração Yngrid Abs, 16.

De Pelotas

A jornalista Lúcia Martins Soares, 23, formada em 2011 pela Universidade Católica de Pelotas (UCPel), é uma das voluntárias do Media Center, espaço em Copacabana que recebe os jornalistas que cobrem o evento. Participante do movimento Emaús, em Pelotas, quando viu as inscrições abertas para o trabalho não pensou duas vezes. Só depois ela soube que o tipo de serviço que prestaria seria ligado à sua área de formação e lhe permitiria contato como profissionais de imprensa de todo o mundo. “Voluntariado conta para o currículo e esse evento é mundial”, justificou a jornalista, que atua na parte de credenciamento do espaço e deu uma pausa da pós-graduação apenas para dedicar-se ao encontro. Trabalhando das 8h às 14h sem nenhum dia de folga, ela leva uma hora e meia de ônibus do Meyer, na paróquia onde está hospedada, até o local de trabalho. “Tudo compensa. É como se fosse um chamado. É a minha hora”, disse.

* Foto: Lúcia Soares, egressa da UCPel, é voluntária na JMJ.
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