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UCPel promove atividades para marcar o Dia da Consciência Negra
UCPel promove atividades para marcar o Dia da Consciência Negra
A Universidade Católica de Pelotas (UCPel) promoveu uma série de atividades para marcar o Dia da Consciência Negra, que é comemorado todos os anos no 20 de novembro. A data é uma referência à morte do líder Zumbi dos Palmares, que dedicou sua vida à luta contra a escravidão durante o Brasil Colonial. Oficinas, exposições, palestras e momentos culturais fizeram parte da programação do Consciência Negra: amplie a sua. Em sua segunda edição, o evento foi organizado pelos cursos de Design de Moda, Serviço Social e Pedagogia. 

“Iniciativas como essa permitem que os acadêmicos e a sociedade em geral discutam políticas públicas voltadas à afirmação étnica”, ressalta a professora Carla Ávila. Coordenadora de um grupo de estudos dedicado à temática, a docente da UCPel destacou o envolvimento dos alunos vinculados ao projeto na organização das atividades. 

Para Seloi Barragan Ferreira, acadêmica do segundo semestre do curso de Pedagogia, espaços como esse são fundamentais no processo de formação profissional. “Diversas questões que estamos debatendo nos dão condições de saber como trabalhar as diferenças em sala de aula”, enfatiza.

O professor e pesquisador, Fábio dos Santos Gonçalves, que atualmente preside o Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra de Pelotas, conhece muito bem essa experiência. Professor de História na rede municipal de ensino, ele faz questão de lembrar da importância de marcar a data, pois, ainda hoje, o racismo mostra-se presente na sociedade e não se pode desconsiderar a trajetória histórica de cada grupo étnico-racial.

Momento de reflexão
O Espaço Multiuso do Campus II recebeu um bom público no final da tarde desta quarta-feira (20). Reunidos em torno de questões como a aplicabilidade da Lei 10.639, que tornou obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana nas redes públicas e particulares da educação, os palestrantes tiveram a oportunidade de expor o atual contexto das ações afirmativas em curso no Brasil. 

Em sua fala, a professora Gislane Machado, que leciona na rede pública de Porto Alegre, destacou a importância do trabalho interdisciplinar ao aplicar o conteúdo. “É importante mostrar não apenas o passado triste de exploração e violência contra essa etnia, mas ressaltar, também, a alegria, o colorido e todo o valor da nossa cultura”, disse. 

Responsável por falar sobre a aplicabilidade dos conteúdos dedicados à literatura afro-brasileira em contextos distintos, como na Escola Luis Braille e o Colégio Municipal Pelotense, a assessora de Diversidade Étnico-Racial da Secretaria de Educação do Rio Grande do Sul, Marielda Medeiros, elogiou o evento promovido pela UCPel. “Essa iniciativa é muito importante, pois os acadêmicos de hoje irão se defrontar com essas questões assim que ingressarem no ambiente escolar”, disse.
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