O reitor da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), Alencar Mello Proença, anunciou na última quinta-feira (28) o compromisso da instituição pela continuidade do Projeto Pelotas Memória. A iniciativa – tradicionalmente caracterizada pelo quiosque da rua 15 de Novembro – é pioneira em levar para as ruas a história de uma cidade e estava com o futuro incerto desde a morte de seu idealizador, o pesquisador e preservacionista Nélson Nobre Magalhães, no início desta semana.
Segundo Proença, a decisão foi tomada em conjunto com a família de Nobre, que procurou a universidade para assumir o acervo composto por mais de quatro mil imagens da cidade. “O mais importante agora é preservar a memória dele”, salientou o reitor, ao comentar que os eventos bimestrais realizados pelo historiador no quiosque também devem ser mantidos. O projeto ainda é responsável pela divulgação de informações históricas e turísticas de Pelotas.
Apesar de os detalhes finais para as futuras atividades estarem em fase de elaboração, uma homenagem a Nobre está prevista para a próxima terça-feira, no quiosque que, a partir de agora, levará o nome de seu criador.
Sobre o projeto: O Pelotas Memória começou em 1989 com a publicação de um fascículo voltado ao resgate e à valorização histórica da cidade. Com a boa aceitação, nos meses seguintes as obras ganharam novas edições e foram expandindo o projeto até a realização de exposições em logradouros públicos. A instalação definitiva na rua 15 de Novembro foi uma sugestão dos próprios admiradores do trabalho de Nobre.
Engajada nas questões culturais de Pelotas, a UCPel já era parceira da iniciativa através da digitalização de imagens do acervo e da divulgação eletrônica do trabalho pelo site pelotas-memoria.ucpel.tche.br.