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Turismo leva deficientes visuais a conhecer Patrimônio Histórico
01.07.2009 | 17:17
Turismo leva deficientes visuais a conhecer Patrimônio Histórico
Cultura aliada à inclusão social. Foi nesse contexto que alunas do curso de Tecnologia em Gestão de Turismo da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) realizaram, na manhã desta quarta-feira (1º), um tour com deficientes visuais pelo Centro Histórico da cidade. A atividade é parte de um projeto acadêmico que conta com a orientação da professora Elizete Jeske.

Ao todo, 16 estudantes da Escola Especial Louis Braille participaram do passeio. Acompanhando o roteiro, nada de tradicionais descrições sobre prédios e monumentos, mas uma abordagem com direito a destaque especial para a utilização do tato e da audição. Afinal, foi com esses sentidos que cada um dos alunos percebeu melhor os pontos turísticos da cidade em que moram.

Fagner, de 13 anos, foi um dos que mais aproveitou o passeio. Pelo toque das mãos, ele identificou e se encantou com faces de leões esculpidas nos postes que contornam a Fonte das Nereidas, em plena Praça Coronel Pedro Osório. E fez questão de perguntar tudo o que pode sobre cada detalhe sentido. “Ele é inteligentíssimo e, mesmo nas aulas teóricas, se interessa muito por Pelotas e seus pontos turísticos. Essa está sendo uma ótima oportunidade para valorização do nosso patrimônio”, disse a professora da 4ª série, Júlia Solaz, ao referir-se à iniciativa do curso de Turismo em promover o conhecimento da cultura pelotense para pessoas especiais.

Se Fagner tem apenas o tato e a audição para sentir as atrações do Centro Histórico, Tiane, de 9 anos, pode contar com a visão, ainda que prejudicada por uma catarata congênita. Porém, quando questionada sobre o que acha da oportunidade que seus colegas têm de fazer um passeio diferente, ela dispara, surpreendentemente, que gostaria de experimentar a mesma sensação. “Seria mais legal. Aí, eu ia imaginar melhor como seria cada coisa que estivesse tocando”.

As impressões de Fagner, Tiane e os demais alunos do turno da manhã da Escola Louis Braille serviram para confirmar o comentário de Salete Bueno a respeito da superação de expectativas sobre o tour. “Valeu a pena. Foi a primeira de muitas das vezes que pretendemos trabalhar com este público. Foi uma atividade bastante gratificante”, disse.

Juntamente com Salete, participaram da execução do projeto as acadêmicas Bárbara Nogueira e Gabriela da Silva.
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