A tarde da quinta-feira (21) foi animada para as senhoras do Centro de Extensão em Atenção à Terceira Idade da Universidade Católica de Pelotas (Cetres/UCPel). Apresentação de quadrilha e comidas típicas integraram as atividades da tradicional festa junina realizada pelo grupo.
Conforme conta a coordenadora, Sulanita Arruda, atividades regionais e culturais são realizadas desde a criação do centro, há 27 anos. "Além de um momento de descontração o objetivo é agregar algum conhecimento cultural", explica.
Durante a festa, cerca de dez participantes da oficina do corpo, vestidas de caipiras e colonas, apresentaram quadrilha - com músicas típicas nordestinas e gaúchas. "O caipira é o colono do sudeste. Pedi para virem vestidas de colonas em homenagem aos trabalhadores rurais da nossa região", explica a professora de dança, Sandra Dias da Silva. As atividades prosseguiram com dança das cadeiras e comidas típicas, como bolo, pipoca e amendoim.
Para Catarina Lemos, participante do grupo há sete anos, a festa junina representa uma oportunidade não vivida durante a infância. "Quando era criança, não tinha essas festas na escola", conta. Da mesma forma, Delvanda Marques, há oito anos no centro, diz gostar da celebração por reunir as amigas. "Também pela dança e por sair da rotina", completa.
Eva da Luz, de 89 anos - uma das participantes mais velhas do grupo - começou a frequentar o Cetres há três anos, após a perda de um filho. Para ela, a oficina de dança auxilia na socialização e no alívio das dores causadas pela osteoporose. "Me ajuda muito, pois aqui também fiz novas amizades", conta.
O lado social da festa e da oficina também é destacado pela professora. Segundo ela, as aulas têm uma boa adesão por ser um exercício escolhido pelas próprias alunas. Além disso, ela ressalta a melhora na autoestima e o fim do sedentarismo. "A cada semana escolhemos um tema para a próxima aula, onde elas estejam vestidas de acordo com a temática", diz.
Atualmente, o Cetres conta com média de 200 participantes, divididas em 25 oficinas. Tricô, bordado, tapeçaria, pintura em tela e em madeira, fisioterapia, danças de ritmos variados, terapia ocupacional, contação de histórias, idiomas e informática são algumas das atividades oferecidas. O centro também possui um grupo de estudos sobre envelhecimento. "A ideia é que elas aprendam a viver essa fase da vida e troquem conhecimentos", explica a coordenadora.
Para ingressar nas oficinas, o centro abre inscrições semestralmente. É cobrada taxa de matrícula no valor de R$ 30 por oficina. A idade mínima para participar é de 50 anos.
Redação: Piero Vicenzi