O projeto "Idoso Conectado: Inclusão Digital Sustentável", liderado pela Universidade Católica de Pelotas (UCPel), foi um dos vencedores do edital do Laboratório de Tecnologia Social (LABTS), promovido pela Fundação Banco do Brasil (FBB) e pela a Universidade de Brasília (UnB).
A proposta, coordenada por Gustavo Nunes Vieira (Supervisor do Escritório de Projetos do HUSFP), Carlos Vinícius Rasch Alves (Coordenador do Curso de Ciências de Dados e Inteligência Artificial) e Raquel Motta Nornberg (Gerente do Escritório de Projetos do Grupo APAC), ficou na terceira posição entre as mais de 570 iniciativas inscritas.
Com a classificação, o projeto receberá aporte adicional de R$ 150.000,00, distribuídos em três parcelas de R$ 50.000,00, para execução do plano de desenvolvimento.
“Ser escolhido entre os 20, o único projeto do Rio Grande do Sul, é surreal. Ver a grandiosidade do projeto e ver o quanto a UCPel investe em tecnologia social é muito gratificante”, classificou o professor Carlos Vinicius.
Proposta
O projeto Idoso Conectado, que nasceu a partir de um projeto de extensão da UCPel, criado em 2025, tem por objetivo o recondicionamento de dispositivos móveis. A partir disso, será colocado um software no dispositivo, com o objetivo de disponibilizar, a pessoas com 60 anos de idade ou mais, tutoriais de como utilizar as redes sociais.
Um dos coordenadores do projeto, o professor Carlos Vinicius, entende a importância do projeto para o meio ambiente e também para que idosos se apropriem das plataformas digitais: “equipamentos que iriam para o lixo ganham uma nova utilidade: a inclusão. O idoso saberá como utilizar as redes sociais, como acessar o aplicativo da farmácia para comprar o seu medicamento, por exemplo. Assim, criamos um ecossistema, abrangendo sustentabilidade e acessibilidade”, indicou.
A proposta foi escolhida pelo seu impacto social, ao proporcionar inclusão digital para idosos em situação de vulnerabilidade. Além de beneficiar 750 idosos com o fornecimento de dispositivos recondicionados e acesso à internet, o projeto oferecerá oficinas de capacitação, permitindo que a população idosa se aproprie das ferramentas digitais essenciais para o seu cotidiano.
A plataforma também analisará a saúde dos idosos e gerará, por exemplo, mapas de calor para que políticas públicas possam ser criadas, conforme indica o professor coordenador da ação.
Próximos passos
O projeto está em fase de incubação. Em junho do próximo ano, equipes da UCPel farão a defesa do projeto e da apresentação do que foi construído, em Brasília. Em fevereiro de 2027, o projeto será replicado em nível nacional.
