Aquele lugar, na Rua 15 de Novembro, sempre reuniu muitas memórias. Ontem (09), ele reuniu mais do que a história da cidade que se abriga entre suas paredes de vidro. O Quiosque Nelson Nobre Magalhães, no centro de Pelotas, teve um dia de festa, dentro da programação dos 196 anos do município. Promovida pelo projeto Pontos de Cultura da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), que agora gerencia o arquivo pertencente ao historiador, a tarde de atividades teve exposições e música.
A Banda Democrata e o grupo musical Sol Maior animaram quem passava pela tradicional Rua 15. A programação contou também com a presença de tituladas do Clube Cultural Fica Ahi – onde também está localizado um Ponto de Cultura – que realizaram apresentações de dança. Tudo devidamente “emoldurado” pelas fotografias, que contavam sem palavras um pouco a mais sobre a história de Pelotas.
A pensionista Evanir Lemos de Carvalho, 60 anos, passava pelo Centro e parou para conferir a apresentação musical. “Acho muito bom. Sempre passei pela 15 para ouvir música. É bom que alguém cuide do Quiosque, porque é um patrimônio da cidade”, disse.
O sapateiro Luiz Carlos Gonçalves dos Passos, 56 anos, se balançava ao som das músicas antigas. “Pelotas está precisando de mais cultura. É um bom exemplo esse, de reviver o passado e as raízes”, afirmou.
O reitor da UCPel, Alencar Proença, falou sobre a importância de manter viva a memória e o trabalho de Nelson Nobre. “Manter o Quiosque vivo é uma idéia da Universidade. Continuamos comprometidos com esse projeto, de manter viva a memória do Nelson. Ninguém pode pensar em um futuro sem olhar as coisas do passado, e é preciso construir uma Pelotas forte. Em nome da Universidade queremos propor um trabalho conjunto pela cidade, reunindo os amigos do Nelson”, disse.
Tecnologia com sabor de passadoO Quiosque disponibiliza, por meio do projeto Pontos de Cultura, a gravação de CDs com fascículos da história de Pelotas, organizados por Nelson Nobre, digitalizados. São documentos e fotografias que qualquer pessoa poderá levar consigo. Basta levar um CD ao Quiosque, das 13h30min às 17h30min. “O pessoal está gostando muito da idéia. É só trazer um CD e levar a história para casa”, disse o coordenador do Quiosque, professor Daniel Botelho.
A partir de agosto, o Quiosque passará a funcionar das 9h às 12h30min, e das 13h30min às 17h30min. De acordo com o coordenador, a idéia é trazer, a cada semana, um tema de exposição diferente, mantendo a proposta do idealizador do espaço. “Queremos manter esse Quiosque em comunicação com a comunidade. Todo mês haverá uma atividade cultural diferente”, disse.
Recital na sexta-feira
Em homenagem ao poeta pelotense Francisco Lobo da Costa, cuja data de nascimento é 12 de julho, haverá no Quiosque um recital de poesias no dia 11, sexta-feira. A apresentação ficará a cargo do grupo de teatro do Colégio Cassiano do Nascimento. A atividade está marcada para as 15h.

Público aprecia a música na Rua 15

Evanir Carvalho aprovou

Luiz Carlos Passos acompanhava a atividade