Neste domingo (12), o Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe inaugura oficialmente seu museu, às 16h. Criado para resgatar a história de construção do templo e da devoção mariana pela comunidade da região, o Museu de Guadalupe, localizado no antigo Solar da Cascata, reúne objetos da família Cordeiro de Moraes, do padre Léo Persch e das 35ª edições da Romaria de Guadalupe.
A inauguração do espaço foi escolhida para ocorrer no dia 12 por também coincidir com a celebração litúrgica em homenagem à santa. Ainda no domingo, haverá a realização da 36ª Romaria, com o tema “Com Maria, ‘Fratelli Tutti’”. A 36ª edição será voltada para público restrito e com transmissão pelas redes sociais da Arquidiocese.
De acordo com o reitor do Santuário de Guadalupe e vice-reitor da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), padre Marcus Bicalho, o museu foi criado para sanar a curiosidade das pessoas em entender como surgiu na Cascata um templo em homenagem à santa mexicana.
“Resolvemos contar essa história através de um museu. A participação do nosso bispo emérito dom Jayme Chemello na 3ª Conferência do Conselho Episcopal Latino-Americano em Puebla, México, em 1971, a doação do terreno pelas irmãs Cordeiro de Moraes, o aporte financeiro dado pelo padre Leo e a fé da comunidade construíram conjuntamente nosso santuário”, conta padre Marcus.
Responsável pela reconstrução da história, o museólogo da UCPel, Anderson Passos, explica que a exposição ocupa quatro salas e uma Capela. Um mini documentário, feito pelo setor de Comunicação e Relacionamento da UCPel, é exibido no espaço e reúne relatos da população sobre aspectos importantes da construção do Santuário.
Dentre os objetos da família Cordeiro de Moraes, que cedeu o terreno para a Arquidiocese, constam dois livros de receitas. “Um deles é voltado para a culinária; o outro, com orientações para a vida”, conta Passos. A Capela, localizada no segundo andar da construção, homenageia o índio Juan Diego (a quem a Nossa Senhora de Guadalupe Apareceu), com a apresentação de como o milagre, registrado no ano de 1531, ocorreu.
Na sala que reconta a história sobre as 35ª edições da romaria é possível encontrar fotos das celebrações, dos romeiros e recortes de jornais sobre o evento e sobre assuntos gerais registrados pela imprensa nos dias das romarias. “Vários grupos de romeiros têm mandado os seus registros para incluir na sala”, comenta padre Marcus.
Ainda no espaço, é possível conhecer objetos do padre Leo Persch, responsável pelo aporte financeiro usado para construção de grande parte do templo. Através de banners, a inspiração de Dom Jayme Chemello em tornar a santa presença da devoção mariana também é recontada, assim como o envolvimento do Movimento Familiar Cristão.
Além do Museu e do templo principal, o Santuário de Guadalupe oferece outras atrações, como a reprodução da via sacra em meio a mata nativa, presépio, capelas, café colonial, trilhas e visão panorâmica da cidade de Pelotas. Para manutenção e agradecimento, o Santuário pede a contribuição de R$10,00 aos visitantes na entrada.
Redação: Rita Wicth - MTB 14101