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Representantes da UCPel participam de Congresso Internacional sobre Interculturalidade
Representantes da UCPel participam de Congresso Internacional sobre Interculturalidade
O Congresso Internacional América Latina e Interculturalidade - América Latina e Caribe: cenários linguístico-culturais contemporâneos, que ocorreu de 07 a 09 de novembro na Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), contou com um grupo de participantes do Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL) da Universidade Católica de Pelotas (UCPel). Liderados pelo professor Hilário Bohn, os representantes da Católica apresentaram trabalho sobre a complexidade da criação de políticas culturais visando atender o conceito de interculturalidade.

O PPGL tem diversas teses de doutorado que trabalham dentro dessa perspectiva, sempre com o objetivo de tentar compreender o intrincado processo onde culturas se encontram. E a participação do professor juntamente com a doutoranda Luiza Machado, através da apresentação do trabalho Interculturalidade: a complexidade constitutiva de políticas culturais defendeu a necessidade de ouvir vozes diferentes de culturas que marcam encontros. 

“Nosso trabalho foi no sentido de dar voz para as comunidades que tentam construir a interculturalidade. Queremos que essas políticas não sejam construídas apenas através de decretos regulamentares ou políticas educacionais”, explica. Segundo o professor, não é que o governo não deva regular a área, mas é importante que se tenha paciência para conversar com as comunidades que serão atingidas.  

A interculturalidade é um espaço que pode ser entendido como quando todas as culturas que convivem começam a se integrar. “Tentamos mostrar como esse lugar é complexo, onde as pessoas não têm muito controle”, diz. De acordo com Bohn, quando alguém invade nosso espaço cultural a reação é quase biológica. Enfatizamos que na nossa cidade ou nosso país não é assim, e que na nossa cultura não se usa essas roupas ou se fala de determinada maneira.

Foi a primeira vez que um congresso reunindo países latino-americanos debateu sobre políticas culturais e interculturalidade na América Latina. Houve representação muito forte de países como o Brasil, México, Argentina, Paraguai e Bolívia, locais onde existe uma preocupação com o contato das culturas indígenas e fronteiras. 

O congresso teve espaço apenas para 200 pesquisadores.  Conforme o professor, a UCPel foi convidada devido aos trabalhos desenvolvidos no Programa de Pós-Graduação junto a fronteira Brasil – Uruguai. “Estamos com cinco projetos de teses de doutorado que trabalham essa interculturalidade”, disse.

Para o professor, do encontro ficou muito claro que duas temáticas são fundamentais para o conceito de interculturaluidade: a primeiras delas é a nossa cor ou corpo e, a segunda, é a voz. “Nosso paper enfatizou a noção da voz tanto para escutar como para deixar falar”, explica, complementando que a esse conceito também tem muito a ver com a questão da pele. “O conferencista que abriu a sessão falou exatamente isso. A interculturalidade também tem a ver com outras coisas, mas fundamentalmente com esses dois pontos, que podemos considerar como 'nosso pacote'”.

Além de linguistas, o Congresso abrigou antropólogos, psicólogos, filósofos, sociólogos, e foi justamente essa interdisciplinaridade o grande ganho do encontro, com diversos especialistas tentando entender o que é interculturalidade e cultura, avaliou Bohn.  A doutoranda do PPGL da UCPel, Luciana Domingo, também esteve no encontro apresentando o trabalho Formação Intercultural docente: o espaço fronteiriço como cenário.
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