A comunicação pode ser transformadora. Partindo desse preceito, acadêmicos dos cursos de Comunicação Social da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) realizaram, através da disciplina de Comunicação Comunitária, projetos que promovessem uma mudança na percepção sobre temas de apelo social. Ideias criativas, de fácil aplicação e conscientizadoras saíram do papel para provocar novas formas de pensar a comunicação no contexto social.
Temas como educação ambiental, valorização da tradição gaúcha, campanhas sociais e educativas foram escolhidas pelos 50 alunos das habilitações de Jornalismo e Publicidade e Propaganda. “A proposta da disciplina é que todos possam experimentar uma ação social através da execução de um projeto de comunicação”, explica a professora da disciplina, Cristina Porciúncula. E, com a experiência, ganha o acadêmico - que consegue ver novas formas de atuação tanto profissional quanto humana - e a comunidade, que descobre a eficácia da mobilização e da informação para a resolução de problemas.
O grupo do acadêmico Iago Fernandes, de 22 anos, e Luciana Trapaga, de 20, escolheu o tema da Campanha da Fraternidade para desenvolver seu projeto. "Buscamos o curso de Serviço Social, que já trabalha com o tema, para contribuir com nossas ações", explica Iago. Como forma de atuação, a criação de uma
Fan Page, onde vídeos, entrevistas, textos e materiais gráficos estão disponíveis. “O objetivo foi trabalhar a questão social, fazendo com que as pessoas refletissem sobre as práticas de tráfico humano em suas várias formas e como esse mal pode ser combatido”, comentou Luciana.
A sempre péssima associação de álcool e direção foi a opção do grupo de João Vitor Rodrigues, de 28 anos, que criou um vídeo para mostrar como essa postura é inconsequente. “No vídeo mostramos como o condutor vai se transformar em um palhaço à medida em que bebe”, disse. Mas tanto o vídeo quanto a campanha tentam fugir do final clichê, complementa o estudante. A campanha está
disponível no Facebook.
Mais ações
Duas campanhas com o foco nos idosos também foram elaboradas. A primeira com a intenção de conscientizar sobre a importância de familiares levarem seus idosos para campanhas de vacinação. A segunda foi criada para sensibilizar sobre a situação de idosos sem familiares e moradores de asilos. “Esse trabalho ficou muito bacana pois teve a intenção de estimular a adoção afetiva de um idoso, incentivando visitas aos idosos esquecidos em asilos e que já não possuem mais contatos com familiares”, explica a professora.
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