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Projeto Infância Saudável estudará a Obesidade Infantil nas Escolas Municipais
Projeto Infância Saudável estudará a Obesidade Infantil nas Escolas Municipais
Aproximadamente 40 milhões de crianças no mundo apresentam, antes mesmo dos cinco anos de idade, sobrepeso. Baseados nesses dados e nos problemas que a obesidade causa à saúde, pesquisadores da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) elaboraram o projeto Infância Saudável em contexto - uma proposta de investigação multidisciplinar. O estudo, vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Saúde e Comportamento, busca uma nova perspectiva sobre a questão da obesidade infantil. A pesquisa tem a intenção de analisar nas escolas municipais de Pelotas os aspectos físicos, psicológicos, cognitivos, nutricionais e biológicos das crianças em relação à obesidade.
 
O projeto, além de analisar o que desencadeia e o que agrava a obesidade infantil, busca também conscientizar sobre o problema que afeta uma grande parte das crianças, dificultando suas interações e prejudicando sua qualidade de vida. A obesidade afeta a autoestima das crianças, que muitas vezes evitam exercícios e brincadeiras e, com isso, suas interações, porque se sentem prejudicadas nas atividades, desfavorecendo assim a perda de peso.

Para a obtenção dos resultados será realizada uma amostra representativa em 22 escolas municipais, com aproximadamente 450 crianças do terceiro ano. Serão realizados testes motores, psicológicos, avaliação nutricional e utilização de um acelerômetro durante sete dias pela criança – aparelho que mede o quanto ela é ativa – para saber a disposição da criança para brincar. 

Além disso, estão programadas entrevistas com os pais, a fim de observar o quanto a criança se percebe competente para realizar uma atividade, o que faz com que ela seja mais ativa e menos obesa e, também, analisar os cuidados parentais e no que isso pode estar relacionado à obesidade.

A ideia, de acordo com a coordenadora do projeto e bolsista de pós-doutorado, Bárbara Spessato, é que depois se publique os resultados e que estes tenham repercussão na sociedade.

O projeto também prevê oferta de oficinas sobre obesidade, alimentação, atividade física e indicativo de transtornos motores e de comportamento para os pais, abertas à comunidade escolar. Os alunos que forem identificados com indicativo de transtorno psicológico serão encaminhados para avaliação de confirmação de diagnóstico e atendimento nas áreas de avaliação e psicoterapia na Clínica Psicológica da UCPel. Já os identificados com transtornos de aprendizagem serão encaminhados para a área de Educação da Clínica Psicológica da UCPel.

O projeto, que ganhou o edital universal do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) no valor de R$ 16 mil, está em fase de aquisição de equipamentos e deve iniciar suas atividades de campo no início do ano que vem, com perspectivas de conclusão no final de 2015. A Prefeitura de Pelotas aprovou o projeto, mas, de acordo com Bárbara, ainda é necessária autorização das escolas e dos pais para a execução da pesquisa. 

Através da abordagem do problema por diversos ângulos, o projeto consegue agregar muitos profissionais de diversas áreas, caracterizando-o como multidisciplinar. A equipe de investigação da pesquisa conta com, além de Bárbara, os psicólogos Ricardo Azevedo da Silva, Luciano Dias de Mattos Souza e Vera Figueiredo, com os biólogos Jean Oses e Gabriele Ghisleni, com a educadora física Thaís Burlani, com a dentista Fernanda Nedel, com as nutricionistas Janaína Vieira dos Santos Motta e Alessandra Pretto, e com o fisioterapeuta Jerônimo Branco.
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