Diversas instituições de ensino da região, em conjunto com órgãos ambientais, ecólogos, biólogos e pessoas interessadas na preservação natural, se uniram junto ao Movimento Pontal Vivo com a intenção de impedir o avanço do desmatamento do Pontal da Barra, em Pelotas. O projeto de extensão da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), Rastro Selvagem, também preocupado com a preservação do ecossistema e da fauna da região, divulgou em sua página na Internet uma matéria relacionada aos incêndios ocorridos no Pontal da Barra nos últimos meses. Integrantes do projeto vêm compartilhando, via Facebook, a petição contra a destruição desse importante reduto ecológico.
A petição que circula pela Internet foi criada pelo Movimento Pontal Vivo com o intuito de arrecadar cinco mil assinaturas, a fim de evitar a destruição e a construção de loteamentos no local. Ao angariar o número de assinaturas necessárias, a petição será entregue a órgãos ambientais competentes e ao Ministério Público, com a finalidade de criar uma Unidade de Conservação Ambiental.
“O objetivo desse movimento em prol da preservação do local é conscientizar os moradores dos novos loteamentos do Pontal da Barra da importância ecológica da área desmatada e o impacto que a apropriação das terras pode gerar, além de impedir o progresso das construções no local”, explicou um dos representantes do projeto Rastro Selvagem, Pablo Ribeiro. Desde sua criação, em 2009, o projeto de extensão da UCPel realiza trabalhos e campanhas voltados à conscientização popular sobre a importância da preservação da biodiversidade do Rio Grande do Sul.
Para participar da petição online, basta
clicar aqui.
Importância da preservação
O Pontal da Barra é um conjunto de banhados, matas e paleodunas situado entre a margem direita da Laguna dos Patos e a margem esquerda do canal São Gonçalo, na praia do Laranjal. Sua área desempenha um papel definidor no controle hidrológico e de manutenção biológica, além de abrigar grande biodiversidade, tendo muitas espécies de plantas endêmicas ameaçadas de extinção.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente (MMA), a região do Pontal da Barra é considerada uma área de importância e prioridade “extremamente alta”, fato que se deve à grande biodiversidade relacionada ao ambiente estuarino (aves migratórias, peixes estuarinos e marinhos, além de crustáceos).
Nos últimos anos esse importante espaço ambiental vem sofrendo com aterramentos, incêndios, demarcações e instalações hidráulicas e elétricas, além da apropriação indevida de terras e construção de loteamentos. Fatos que vêm motivando órgãos ambientais e especialistas na área a se mobilizar em busca da preservação do ecossistema ameaçado.