Nessa terça-feira, 07 de abril, comemora-se o Dia Nacional do Jornalista. A data faz suscitar a polêmica da necessidade do diploma para o exercício da profissão, item recente na pauta do Supremo Tribunal Federal (STF). Favorável à obrigatoriedade do certificado, assim como os alunos da habilitação de Jornalismo do curso de Comunicação Social da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), o diretor do Centro de Educação e Comunicação da instituição, professor Jairo Sanguiné Júnior, aproveitou a ocasião para comentar o assunto.

E não é à toa: formado em Jornalismo pela Católica desde 1987, Sanguiné baseou seu trabalho de conclusão de curso na problemática (à época) recém-levantada. “Mesmo depois de mais de 20 anos, poucas pessoas, inclusive no meio jornalístico, entendem esta questão. Muitos argumentam que, assim como em países de primeiro mundo, qualquer pessoa poderia exercer o jornalismo no Brasil sem o diploma. Acontece que o Brasil ainda não é um país de primeiro mundo”, disse. “Não estamos preparados para esta realidade”.

O professor destacou que a luta da classe para que o exercício da profissão mantenha-se amparado pela obrigatoriedade do certificado universitário não é uma tentativa de impedir a liberdade de expressão. “O grande problema é que dispensar o diploma significa dar fim à regulamentação da profissão”, explicou.

Formação cidadã
Existente desde 1958, o curso de Jornalismo da Católica prima por aperfeiçoar a formação de característica humanitária. Mas, nem por isso o aperfeiçoamento técnico fica de fora. Os alunos da graduação podem contar com laboratórios experimentais para as disciplinas de Rádio, Televisão, Fotografia e Redação, TV UCPel, além da Rádio Universidade. “Todo o currículo é pensado para graduar profissionais éticos, capazes de formar opiniões e transmitir para a comunidade que o jornalismo é um trabalho de fundamental importância para o desenvolvimento social”, acrescentou Sanguiné.