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Professor da Católica fala sobre Radicais Livres no Congresso ToxSul
28.05.2008 | 00:00
Professor da Católica fala sobre Radicais Livres no Congresso ToxSul

Efeitos de substâncias tóxicas no meio ambiente e no ser humano foram discutidos no 1º Congresso Sul de Toxicologia Clínico-Laboratorial – ToxSul 2008, em Porto Alegre. O professor do curso de Farmácia da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), William Peres, abordou o estresse oxidativo de radicais livres durante o encontro, no dia 22. O tema, atual em termos de pesquisa científica, trata inclusive de doenças onde os radicais livres estão presentes.

Substâncias tóxicas contribuem para o surgimento de doenças. Chumbo provoca problemas sangüíneos. Mercúrio ataca o sistema renal. Algumas substâncias provocam alterações hormonais. De acordo com o professor, lesões renais, hepáticas e hematológicas, doenças como Alzheimer e diabetes, além de possuírem vários fatores participando, têm ligação com substâncias tóxicas. Metais, solventes orgânicos como benzeno, e outros, contribuem no processo de lesão celular – o que pode desencadear câncer.

Conforme o professor, a doença de Alzheimer, estudada pela primeira vez há 102 anos, teve recentemente descoberta a presença de radicais livres em seu processo. “Em janeiro pesquisei, no Instituto de Investigações Biomédicas de Barcelona, os mecanismos intracelulares no Mal de Alzheimer.  O estresse oxidativo (excesso de radicais livres no organismo) está no centro do processo da doença. É uma área totalmente nova, onde o profissional farmacêutico tem formação para atuar, com prevenção e identificação de substâncias tóxicas em laboratórios de análises clínicas”, explicou.

Peres é autor do primeiro livro sobre radicais livres no estado, em 1993. Hoje, há mais de 500 pesquisadores sobre o assunto. “Só se pode tratar uma doença quando se conhece o mecanismo dela. Se quer entender como se dão as alterações para que elas sejam minimizadas”, disse.

Toxicologia em debate
O objetivo do ToxSul é fomentar o conhecimento relacionado à interdisciplinaridade da toxicologia, com enfoque para os aspectos clínico-laboratoriais. O público-alvo era composto por farmacêuticos, médicos, biomédicos e enfermeiros. Entre os temas de destaque, além do Estresse Oxidativo, estavam Toxicologia de Emergência, Ocupacional, Forense e Social. “A toxicologia é uma área de grande abrangência na atualidade, ligada a várias doenças”, destacou Peres.

O que são Radicais Livres
São estruturas instáveis, muito reativas, que podem se formar em vários processos do nosso organismo, como, por exemplo, na respiração celular e em quadros inflamatórios. Existe em fontes externas, como radiação – encontrada em reatores nucleares e raios-x –, tabagismo (calcula-se presença de milhões de radicais livres), agrotóxicos e solventes. “Em alguns processos os radicais livres são importantes. O grande problema é quando há demais. Precisa haver o equilíbrio”, explicou o professor. De acordo com ele, o sistema anti-oxidante do organismo tenta anular o efeito dos radicais livres – quando há excesso, se dá o estresse oxidativo.

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Professor William Peres falou sobre estresse oxidativo

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