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Portadores de Parkinson são foco de atividade promovida pela UCPel
04.04.2012 | 11:04
Portadores de Parkinson são foco de atividade promovida pela UCPel
Todo o acadêmico deseja colocar em prática os conhecimentos teóricos obtidos durante os anos de faculdade. Ajudando alguém, este desejo se torna ainda mais motivador e prazeroso. Os estudantes de Fisioterapia da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) Marcelo Takeada e Marcos Ghiggi tiveram essa chance e não deixaram escapar a oportunidade de ajudar quem tanto precisa. Graças à ideia destes dois estudantes, um grupo de portadores da Doença de Parkinson – que têm seu dia nacional lembrado hoje (4) – têm praticado, desde o começo deste ano, atividades de hidroterapia na piscina do Campus da Saúde Dr. Franklin Olivé Leite.

Há cerca de cinco anos, o curso de Fisioterapia da UCPel – em parceria com a Associação Pelotense de Parkinson (APP) – desenvolveu um projeto para constituir um grupo de fisioterapia com parkinsonianos. Mantido até hoje, o grupo tem reuniões semanais onde os participantes praticam exercícios físicos que ajudam a superar as dificuldades motoras que acometem os portadores do mal de Parkinson, doença de característica neurológica.

Em 2011, Takeada e Ghiggi resolveram aprimorar as atividades do grupo acrescentando as atividades na piscina. “Nossa ideia surgiu do interesse na hidroterapia e seus benefícios. Aproveitamos o projeto que já existia e o associamos a nossa proposta, que tem foco na mobilidade funcional e equilíbrio”, conta Takeada. No último semestre do curso, o aluno acrescenta: “os participantes do projeto se sentem melhor, física e emocionalmente, e isso faz com que a gente se sinta recompensado, motivado e muito satisfeito”.

Há cinco anos no grupo, Nelba Soares, 59, tem Parkinson há quase dez. Desde que começou a participar das atividades fisioterapêuticas ela tem notado resultados significativos. “Quando entrei para o grupo, praticamente não conseguia mais caminhar, mesmo com a medicação. Se eu tivesse que mensurar minha melhora, eu diria que evoluí positivamente em cerca de 95%”, diz. Quanto às atividades na piscina, ela conta que considera maravilhoso, classificando a iniciativa de “nobre”.

Para a professora que coordena a atividade, Shadia Youssef, o grupo representa uma troca. “Eles [parkinsonianos] ganham uma melhora na mobilidade física e na rigidez muscular e nós adquirimos conhecimentos para nossas vidas profissional e pessoal”. Segundo ela, o projeto de Ghiggi e Takeada é, além de uma atividade de cunho social, um acréscimo científico aos estudos sobre atividades na água. “Hoje ainda não há uma quantidade expressiva de estudos sobre hidroterapia”, diz.

Os encontros do grupo ocorrem às terças e quintas-feiras durante a tarde. Para marcar o Dia do Parkinsoniano, as atividades do encontro de ontem (4), terminaram com um pequeno presente: um bombom. Cada participante recebeu um chocolate para adoçar o dia e adiantar a comemoração da Páscoa.
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