A Central Única das Favelas (CUFA) passa a contar com a assessoria jurídica do Núcleo de Direito e Participação Popular: Campo e Cidade (Nudipp). O projeto de extensão vinculado ao curso de Direito da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) vai atuar na orientação do estatuto, com o objetivo de possibilitar a participação da ONG em editais de captação de recursos.
Ainda, o Nudipp pretende contribuir com iniciativas que fomentem o protagonismo social nas áreas de cultura, lazer e esporte, informa a professora da UCPel, Marcela Simões. Também estão dentre o planejamento assessorar a reivindicação da revitalização do Centro de Referência de Juventude do bairro Navegantes, além de pautas gerais relacionadas à moradia.
Para o coordenador da CUFA Pelotas/Extremo Sul, Sandro Mesquita, a parceria traz a expectativa de solucionar alguns pontos que precisam de andamento, como a regulamentação fundiária. “Esperamos contribuir para a dignidade e a autoestima das pessoas, e que a CUFA e UCPel consigam construir uma ponte entre os saberes acadêmico e popular para criar novas possibilidades”, diz.
A área de atuação da CUFA é o bairro São Gonçalo, que possui cerca de 32 mil moradores. A ONG ajuda diretamente mais de 500 famílias e ainda participa e apoia iniciativas nos bairros Pestano, Getúlio Vargas, Dunas e Laranjal.
Embora a formalização da parceria tenha ocorrido recentemente, a docente da UCPel e o coordenador da CUFA já partilharam diversos espaços de discussão sobre questões sociais, raciais e culturais. Ambos também integraram atividades conjuntas sobre regularização e regulação fundiária e, durante a pandemia, de live sobre o ‘ficar em casa’ como direito à moradia.
“É importante destacar que a atuação da CUFA na pandemia foi incansável no atendimento da sociedade, com campanhas de arrecadação e distribuição de cestas básicas, máscaras e álcool gel”, comenta a professora Marcela.
Na avaliação da docente, a CUFA potencializa o desenvolvimento social das comunidades através de sua atuação. "Queremos prestar não apenas assessoria, mas especialmente participar de outras ações para que os estudantes da UCPel compreendam a importância da extensão universitária no envolvimento com as comunidades”, diz.
Redação: Rita Wicth - MTB 14101