Dentro da proposta de integrar o curso de Design de Moda da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) e a comunidade ligada ao setor têxtil, teve início no dia 03 uma série de encontros semanais que pretendem construir um novo momento para a moda na região. A reunião, que teve a presença de lojistas, confeccionistas e costureiras, compreendeu a apresentação da estrutura do curso e as possibilidades de novas parcerias dentro do mercado.

Na atividade os empresários tiveram a oportunidade conhecer a dinâmica do curso e como os conhecimentos técnicos dos alunos podem contribuir em áreas específicas. A coordenadora, professora Lígia Osório, destacou que a o curso está à disposição para fazer do setor de moda uma unidade. “Acreditamos que somente organizados como um grande grupo poderemos modificar o cenário da moda em nossa região”.

De acordo com Lígia, é a partir dessa integração entre o curso e as empresas que será possível impor os produtos no mercado de forma inovadora. “A proposta é construir uma identidade do que é produzido aqui. E para isso precisamos que os empresários nos digam quais são as suas maiores necessidades, para que, a partir disso, o curso possa contribuir de alguma forma”.

Depois desse primeiro contato, todas as quartas-feiras serão dedicadas a discussões de temas ligados à moda. De acordo com a coordenadora, o curso pretende que essas atividades façam parte do dia-a-dia do setor. Em cada semana serão abordados assuntos diferentes. “A proposta é sempre ter um profissional para qualificar os que trabalham com moda na cidade”, explica Lígia.

Mobilização
O objetivo do curso é mobilizar todos aqueles envolvidos com moda na cidade. Porém a tarefa não é simples. De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria e da Confecção (Sindivestisul), Cléber Xavier, no município existe 130 profissionais que trabalham no setor têxtil. Destes, apenas 30 são associados. Porém, a expectativa é que a que a proposta do curso de Moda muda essa realidade.

“A iniciativa do curso é uma necessidade antiga do setor. Há muito tempo tentamos mobilizar os empresários, e agora, a tendência é que eles comecem a se organizar porque vão enxergar que existem profissionais com conhecimento que estão dispostos a contribuir para o crescimento do mercado”, destaca Xavier.

E o encontro de ontem já despertou o interesse dos que participaram. “O setor está necessitado de apoio. As pessoas têm confecções e gostam de fazer modelos, mas falta a parte de gestão e de marketing. E nisso o curso pode contribuir muito”, disse a confeccionista Mari Blank.