Como pensar o fenômeno da cidadania a partir de uma visão cosmopolita? Foi com base nessa problemática central que o mestrando Moisés Simões Moreira defendeu sua dissertação na manhã do dia 27 de agosto, na Universidade Católica de Pelotas (UCPel). O trabalho “O modelo de cidadania cosmopolita de Adela Cortina, e sua interface com as Políticas Sociais” teve a orientação do professor doutor Jovino Pizzi e foi apresentado como último requisito para a obtenção do título de Mestre em Política Social.
O paradigma classificado por Moreira como “um novo modelo de sociedade civil” aborda o pertencimento dos indivíduos a uma comunidade política no contexto da globalização. Para ele, a partir da observação de aspectos provocados por esse processo, como a dissolução de fronteiras e a promoção de novos ideais de vida, a visão de uma cidadania cosmopolita aparece como alternativa positiva.
Na prática, ações como a formação de blocos internacionais e novas comunidades que dialoguem juntas para atingir o bem comum podem, por exemplo, facilitar o acesso da população a tratamento médico, escolas e outras condições mínimas para a qualidade de vida. “Isso aumenta a percepção de que status social não é sinônimo de distinção. As práticas sociais que levam à autonomia e aos direitos mínimos não se sobrepõem aos direitos de outros indivíduos. Por isso, a cidadania cosmopolita não é um modelo social excludente”, afirmou Moreira.
Além do professor Pizzi, a banca contou com a participação dos professores Denis Coitinho Silveira e Helenara Fagundes. A dissertação pertence à linha de pesquisa de Política social, processos participativos e cidadania social.