O programa Jovem Aprendiz, desenvolvido pela Universidade Católica de Pelotas (UCPel), recebeu, nesta quinta-feira (25), a visita da coordenadora de Projeto de Inclusão de Pessoas com Deficiência da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do estado, auditora Ana Maria Machado da Costa. De passagem por Pelotas, ela fez questão de conhecer as duas turmas que têm aula na Católica. O Jovem Aprendiz é desenvolvido em parceria com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Atualmente, 35 alunos participam do programa, que tem duração de 21 meses de duração. Os alunos que concluírem o curso serão encaminhados para ocupar vagas de emprego na própria Universidade, na Mitra Arquidiocesana de Pelotas, no Hospital São Francisco de Paula (HUSFP) e na Rádio Universidade (RU).
Ana Maria conversou com os alunos e foi recepcionada com uma peça de teatro. "É uma oportunidade de, desde cedo, se qualificar. Traz uma perspectiva de vida e crescimento pessoal", avaliou. Segundo ela, quando o projeto começou, as empresas argumentavam que faltavam pessoas qualificadas. A intenção, é, então, preparar estas pessoas para ocuparem esses espaços - que, sem oportunidade, ficam isoladas e, muitas vezes, "invisíveis". A aprendizagem, ressaltou, ajuda as pessoas a chegarem nas empresas. Essas, ao mesmo tempo, também precisam, gradualmente, se prepararem para receber esse público. "Esse projeto da Universidade é muito bonito", pontuou.
Para o estudante Nelson Soares, de 15 anos, morador de Monte Bonito, o curso é muito bom e os colegas são solidários. "Tudo que estou passando aqui, estou guardando no coração", disse.
Ana Maria esteve acompanhada, em sua visita, pela auditora fiscal do MTE, Rosa Elaine de Abreu Gonçalves, e pela professora de Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Larissa Dall'Agnol da Silva.
Os alunos integrantes do Jovem Aprendiz já passaram pela parte de teoria básica, como matemática, português, segurança do trabalho, direitos trabalhistas e direitos humanos, por exemplo. A próxima etapa contempla aspectos mais especializados, como empreendedorismo, cálculos trabalhistas, tecnologias assistivas e outros assuntos indispensáveis para sua formação. Em julho, os estudantes já começam a atuar nos setores de trabalho para os quais foram selecionados.