Com a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), um novo desafio foi proposto para as instituições de ensino superior: migrar a maior parte das atividades presenciais para o on-line. Após mais de oito meses nesse formato, a Universidade Católica de Pelotas (UCPel) avalia a experiência como positiva, tanto que motivou uma reformulação curricular.
Oito cursos presenciais de graduação passam a ter uma matriz híbrida, com 40% da carga horária na modalidade a distância. São eles: Arquitetura e Urbanismo, Odontologia, Psicologia, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Direito e Filosofia (bacharelado). A mudança é válida apenas para os alunos ingressantes a partir de 2021.
“A UCPel fez uma girada de chave bem importante – e necessária – em função da pandemia. De fato, foi um momento difícil, mas contribuiu para mostrar o quanto precisamos nos reinventar dentro da forma de se fazer o ensino”, analisa a pró-reitora acadêmica, Patrícia Giusti. A aposta em cursos híbridos ocorre mediante aprovação do Ministério da Educação (MEC), através da portaria 2.117, emitida no ano passado.
A Católica de Pelotas tem se organizado para que as estruturas física e virtual estejam de acordo com a aplicação do novo modelo acadêmico. As atividades serão divididas em: presenciais, híbridas e on-line. Cada curso passa a oferecer os três tipos de abordagens em suas disciplinas, o que confere uma maior flexibilidade para os estudantes desempenharem suas tarefas.
O processo de ensino-aprendizagem será desenvolvido numa moderna perspectiva de pré-aula, aula e pós-aula. “Busca-se o protagonismo do aluno, fazendo com que acesse o conteúdo on-line, prepare-se para o momento presencial, viva esse momento, e depois faça uma reflexão para organizar o aprendizado desenvolvido”, explica a pró-reitora.
O plano de ensino avança através das premissas de qualidade e sustentabilidade, sendo aliadas aos três pilares do projeto pedagógico institucional, formado por identidade católica, autonomia e mundo do trabalho. Além da inserção da modalidade a distância, a reformulação envolve ainda a curricularização da extensão.
Os oito cursos serão compostos de 10% de atividades voltadas ao processo extensionista da universidade. “Por ser uma instituição comunitária, temos na essência a relação com as ações desenvolvidas a partir das necessidades da comunidade”, salienta Patrícia. A nova matriz curricular propõe uma maior aproximação dos acadêmicos aos projetos e programas de extensão realizados pela UCPel.
Redação: Max Cirne