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Frei do Haiti fala sobre vida em Pelotas após um ano e meio vivendo no Brasil
12.05.2017 | 10:49 | #filosofia
Frei do Haiti fala sobre vida em Pelotas após um ano e meio vivendo no Brasil
Quatro estudantes haitianos integrantes da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos estão estudando Filosofia na Universidade Católica de Pelotas (UCPel). Robenson Azor, Frantzso Pierre, Lucson Chéry e Jean Daniel François chegaram a Pelotas em anos diferentes, mas com o mesmo objetivo: buscar o aperfeiçoamento para seguir com suas ações missionárias.

Mais antigo em Pelotas, Robenson Azor chegou ao Brasil em outubro de 2015. De acordo com o estudante, a matriz da Ordem em Caxias do Sul foi a responsável por encaminhar os quatro estudantes para a UCPel. Ele conta que entrou na Ordem dos Capuchinhos logo após a conclusão do Ensino Médio e a vinda para Pelotas teve como objetivo dar continuidade aos estudos. “Devo ficar no Brasil até 2018. Depois pretendo voltar ao meu país para realizar trabalhos junto à comunidade e estudar Teologia”, planeja.

Na avaliação de Azor, a situação do Haiti ainda é muito grave, especialmente pela localização geográfica do país, propensa a sofrer com fenômenos naturais como furacões e terremotos. Apesar de todos os desafios enfrentados pela população haitiana, considerada a mais pobre das américas, o frade acredita que a posse do novo presidente pode indicar novas perspectivas. “Essa eleição trouxe mais esperança para a nossa população. Se o presidente se esforçar, poderá melhorar as condições de vida em nosso país e ainda acabar com crise política”, avaliou.     

Durante a estadia em Pelotas, os frades mantém o contato com as populações vulneráveis, através de trabalhos praticados junto a essas comunidades. “Pelotas é muito diferente do lugar onde nasci. Aqui existe mais medo e violência, entretanto o povo é muito acolhedor”, comenta Azor. Para ele, o distanciamento da igreja assim como a alta criminalidade são alguns dos fatores que dificultam a vida das pessoas mais carentes.
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