As belezas e os mistérios da China estarão no foco do egresso da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), Bruno Maestrini. Formado em Comunicação Social, na habilitação de Publicidade e Propaganda, o fotojornalista com significativa experiência na utilização de imagens para a produção de narrativas em breve terá um novo desafio.
Selecionado para o cargo de diretor assistente de fotografia do jornal China Daily (Diário da China), o maior de língua inglesa do país, Maestrini dividirá com os fotógrafos do periódico todo o conhecimento adquirido através de muitas andanças pelo mundo. O fotojornalista ainda será o primeiro sul-americano a atuar no jornal.
Com passagens pelo site Terra, Agência RBS, jornal Zero Hora e colaborador freelancer de diversas agências de notícias do Brasil e Estados Unidos (EUA), o fotografo já vem direcionando sua atenção à China há algum tempo. Foi durante o mestrado na área de comunicação e mídia, cursado na Southern Illinois University (EUA), que Bruno começou a se aproximar das oportunidades oferecidas pelo país. “Lá conheci um documentarista que me incentivou a buscar coisas sobre a China”, lembra.
Mas a oportunidade surgiu mesmo durante a realização do curso Kalish Workshop, feito na Ball State University (Muncie, Indiana, EUA). “O curso além de ensinar muitas técnicas ainda possibilita o contato com uma rede de pessoas influentes no fotojornalismo”, conta.
O gosto pela fotografia nasceu já nos primeiros dez anos de vida, despertado em uma feira de ciências realizada no colégio. “Sempre convivi com máquinas fotográficas. Meu pai fotografava muito”, justifica, lembrando de sua primeira Kodak, quando começou a revelar filmes em preto e branco.
A opção por um curso de comunicação veio naturalmente, e, quando chegou às cadeiras ligadas à fotografia sua noção já era bem boa. “Eu considero que aprendi a ter um olhar especial para a fotografia quando fiz a disciplina de fotojornalismo avançado no mestrado, ministrada pelo fotojornalista J. Bruce Baumann”, explica. Na época, ir com a câmera até no banheiro, fazer checklist de equipamentos em momentos corriqueiros compuseram parte de seu aprendizado. “Foi com os ensinamentos de Baumann que aprendi a fotografar”, comenta.
No novo desafio profissional, a máquina fotográfica ficará um pouco mais distante – ao menos profissionalmente – mas seu olhar deverá continuar em forma, selecionando fotos, definindo pautas, espaços e destaques no jornal, além da orientação a outros fotógrafos. “Ainda não sei como será a dinâmica de gerenciar fotógrafos em um jornal com o perfil do China Daily”, aponta.
Com tiragem de 900 mil exemplares diários, o jornal é distribuído em diversos continentes do mundo e ainda muito utilizado por chineses para treinar o inglês. Para Bruno, além da importante experiência profissional que durará no mínimo um ano, a oportunidade será uma excelente forma de registrar e apresentar um local ainda desconhecido para muita gente.
Um pouco do trabalho realizado pelo fotojornalista pode ser conhecido em seu site pessoal,
www.brunomaestrini.com/ .