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Egresso da Engenharia da UCPel publica artigo em revista da UFRJ
Egresso da  Engenharia da UCPel publica artigo em revista da UFRJ

Publicar um artigo em uma das revistas acadêmicas mais reconhecidas no ensino superior brasileiro nas áreas de Engenharia, Física e Química, tem sido motivo de comemoração para o ex-aluno da Engenharia Civil da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), Maikon Moreira de Pires. O trabalho intitulado “Utilização de sulfato de bário como constituinte de concreto para blindagem de salas de radiologia” fará parte do conteúdo da edição de dezembro da Revista Matéria, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Resultado de uma pesquisa de iniciação científica feita em 2020 e premiada no mesmo ano no Salão Universitário da Católica, o artigo descreve a elaboração do concreto constituído de sulfato de bário (barita) para aplicação na construção de salas de radiologia e de radioterapia. A proposta mantém a proteção das salas radiológicas a um custo mais baixo do que o atual. “Esse reconhecimento é fruto da minha formação enquanto aluno de graduação em Engenharia Civil na UCPel, mas sobretudo, como aluno bolsista de iniciação científica. Efetivar uma publicação de um projeto sonhado por mim ainda na condição de aluno, é a confirmação que nosso trabalho está dando resultados, seja para o nosso próprio desenvolvimento pessoal e profissional, seja para contribuição que estamos realizando para a academia nas áreas de Engenharia Civil e Física-Médica”, revela Pires.

O trabalho científico do hoje engenheiro civil Maikon Pires, contou com a  orientação da professora Chiara do Nascimento e a colaboração do professor Everton Granemann Souza, ambos docentes das Engenharias, Biomedicina e do Mestrado em Engenharia Eletrônica e Computação da UCPel (MEEC). Também participaram da pesquisa o físico médico e egresso do MEEC, Kaiser Kruger, e a pesquisadora Gabriela Hoff, do Istituto Nazionale di Fisica Nucleare (INFN), na Itália. 

Qual é a inovação do trabalho?

Segundo o professor Everton Granemann Souza, durante a reforma ou construção de uma sala de radiologia, ela deve obedecer normas específicas no que se refere a blindagem das paredes, a qual deve considerar materiais com densidade e espessura apropriados, a fim de proteger um mínimo de 95% da radiação X emitida pelos equipamentos no interior do recinto. A radiação X é nociva aos seres humanos e animais, e deve ser absorvida apenas em exames ou tratamentos com doses controladas. Para atingir uma blindagem de 95% da radiação X, o concreto proposto pelos pesquisadores requer apenas uma camada fina de 1,7 cm de espessura, considerando parâmetros relacionados à energia do feixe de raios X bem acima do que se utiliza normalmente em exames radiológicos.  “Por ser mais eficaz do que os concretos utilizados atualmente, gera inúmeros benefícios principalmente em relação à redução do peso da estrutura da obra, diminuindo também os custos do projeto como um todo”, explica Souza.

Outra constatação, afirma Maikon, é relacionada ao caso da radioterapia em que a diminuição da espessura das paredes da sala é maior ainda, passando de possíveis 2,20 metros para 0,42 metros de espessura, representando uma redução de 80,91% no material utilizado.

Acessível para todos

Além de ser uma publicação de grande credibilidade no meio científico nacional, a Revista Matéria é um periódico “open access”, isso quer dizer que não tem custo para os leitores interessados em obter o conteúdo, o que aumenta a visibilidade do trabalho. Um pré-print já está disponível e pode ser conferido aqui pelos interessados no tema da pesquisa.

 

Redação: Alessandra Senna

 

 

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