/ Notícias / Dissertação de egresso da UCPel é a melhor do país
Dissertação de egresso da UCPel é a melhor do país
07.11.2008 | 00:00
Dissertação de egresso da UCPel é a melhor do país
Na área de Inteligência Artificial, um egresso da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) está em evidência no país. O ex-aluno do Mestrado em Ciência da Computação Diego Rodrigues Pereira desbancou outros dez concorrentes e conquistou, dia 26 de outubro, o primeiro lugar no concurso de dissertações do segmento no Brasil. A apresentação dos trabalhos finalistas foi em Salvador, na Bahia, junto ao Simpósio Brasileiro de Inteligência Artificial.

A proposta apresentada por Pereira dá um passo em direção à integração de duas áreas distintas da Inteligência Artificial, especialmente no segmento de sistemas multiagentes (programas que simulam o raciocínio humano). “Foi realmente uma grande surpresa. Concorri com outros trabalhos muito bons, e já estava feliz em ficar entre os onze melhores e apresentar a dissertação neste importante congresso de Inteligência Artificial”, destacou o vencedor.

Hoje doutorando da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Pereira credita o sucesso do trabalho também às orientações da professora Graçaliz Dimuro e do co-orientador Antônio Carlos da Rocha Costa. “Sem a formação que obtive no Mestrado e as discussões com meus orientadores, provavelmente não teria ido tão longe. Por isso agradeço a todos do Mestrado da UCPel”, disse.

De acordo com a professora Graçaliz, as universidades mais renomadas do Brasil estavam na disputa. “A premiação mostrou que o nosso Mestrado está no caminho certo. Para um mestrando, não importa estar em uma grande universidade, mas ter um trabalho feito com seriedade. É um reconhecimento ao esforço que estamos fazendo, e mostra a maturidade do nosso grupo de pesquisas em Inteligência Artificial”, salientou.

Dinâmica
O concurso é organizado pela Sociedade Brasileira de Computação (SBC) e pela Comissão Especial de Inteligência Artificial, e avaliou trabalhos concluídos entre junho de 2006 e maio de 2008. Foram escolhidos quatro trabalhos de doutorado e onze de mestrado, que foram apresentados em Salvador.

O trabalho de Pereira foi avaliado pelos professores Edward Hermann Heusler, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), Fábio Cozman, da Universidade de São Paulo (USP) e Thiago Pardo, também da USP.

Entenda
Os agentes (programas que simulam o raciocínio humano) precisam interagir para atingir a finalidade do sistema – interação social. Para que isto ocorra, é utilizada a Teoria das Trocas Sociais de Piaget, que modela essas interações a partir de uma troca de valores. Ou seja, prevê que cada interação pressupõe uma troca. Para que o sistema funcione bem, é necessário que essas trocas sejam equivalentes. De acordo com a professora orientadora, é preciso haver um equilíbrio social entre os agentes.

Isso pode se dar de duas formas: ou por meio de um controle centralizado (que não ocorre na “vida real”, já que cada ser humano tem a sua própria forma de controle), ou com os processos de decisão de Markov (modelo pelo qual o agente toma uma decisão interna). Nesse segundo caso, os agentes seriam de um tipo denominado BDI – aqueles que são modelados de acordo com crenças, desejos e planos, tal qual um ser humano.
Uma das grandes questões em pautas na área é como construir planos para esse tipo de agentes, muito mais complexos.

premiocomputacao.jpg
Diego Pereira (E) recebe o certificado junto à orientadora Graçaliz e à banca examinadora

Compartilhe:

Leia Mais
EU FAÇO
A UCPEL.
E VOCÊ?