Criado em 1986 pela Lei Federal nº 7.488/1.986, o Dia Nacional do Combate ao Fumo, celebrado nesta quinta-feira (29), tem como objetivo reforçar as ações nacionais de sensibilização, conscientização e mobilização para os danos e prejuízos ocasionados pelo uso do tabaco. O tabagismo é considerado a principal causa de morte evitável em todo mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) o seu consumo provoca por ano, a morte de cinco milhões de pessoas no mundo, o que corresponde a mais de 10 mil mortes por dia.
A Universidade Católica de Pelotas (UCPel), através do seu Programa UCPel Mais Saudável e do programa de extensão FumoZero - ambos coordenados pelo médico Roni Quevedo - é referência no combate ao tabagismo. A partir da portaria 100/2023, assinada pelo reitor, é proibido o uso de tabaco e cigarros eletrônicos nos prédios administrados pela universidade, sejam eles fechados, parcialmente fechados ou murados. Também é proibido o uso nos espaços abertos, como pátios interiores e jardins.
A aluna de Medicina e integrante do projeto de extensão FumoZero, Bruna Sturmer comentou que com o material disponibilizado pelo professor orientador Roni Quevedo, pode orientar pacientes em consultas clínicas que sofrem com o vício. A partir dos atendimentos, foi possível observar amplamente como o fumo ativo, assim como o passivo, estão ligados a problemas respiratórios.
“Vale lembrar uma consulta: paciente, homem, idoso, morador do bairro Pestano, portador de deficiência visual, que veio ao atendimento juntamente de sua filha. Ao longo da conversa, relembrou o contato próximo que tinha com o tabagismo. Iniciou o hábito de fumar como um refúgio, contou que a acuidade visual diminuiu gradativamente, desde muito cedo e o cigarro tornou-se um “amigo” nos momentos de ansiedade. Apliquei a escala de Fagerstrom, onde foi apontado grande dependência à nicotina. Contudo, não desejava mais continuar. Nessa consulta, tive a oportunidade de entregar a ele algumas orientações (que seriam lidas pela filha, em família). Pactuamos iniciar reduzindo a quantidade diária de cigarros e solicitei retorno para nova avaliação. Ainda em atendimento, tive a chance de empoderar o paciente, não somente na saúde física e na força de vontade, mas também na esfera socioeconômica, uma vez que era muito caro o valor que era gasto mensalmente”, comentou a aluna.
A discente ainda destacou que as experiências vivenciadas até o momento serão muito importantes para a formação profissional e deseja ter a possibilidade de ampliar o conhecimento sobre este assunto.
Redação Pedro Vargas