O consumo de tabaco, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é a principal causa de morte evitável no mundo. Diante disso, a OMS criou o Dia Mundial sem Tabaco, comemorado neste dia 31 de maio. A data busca alertar sobre as doenças relacionadas ao tabagismo e incentivar para o início de uma nova vida sem tabaco.
No Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), morrem sete pessoas por dia devido ao tabagismo passivo e 434 por tabagismo ativo. Para combater o consumo do tabaco e reduzir a suscetibilidade de adolescentes aos apelos para experimentação e iniciação no tabagismo, o governo brasileiro gasta R$125 bilhões por ano.
A Universidade Católica de Pelotas (UCPel), há mais de dez anos, promove o Programa UCPel mais Saudável, tornando a universidade um ambiente livre do consumo de produtos fumígenos, derivados ou não do tabaco. Com isso, é proibido a todos o uso de tabaco e cigarros eletrônicos nos prédios administrados pela universidade, sejam eles fechados, parcialmente fechados ou murados. A Portaria 100/2023, assinada pelo reitor José Carlos Bachetinni Jr, também proíbe o uso nos espaços abertos, como pátios interiores e jardins.
O programa, coordenado pelo professor e médico Roni Quevedo, também inclui ações de prevenção, orientação e educação sobre o uso abusivo de álcool e outras drogas. “A nicotina é conhecida pela ciência como a substância química com o maior poder de causar dependência até hoje já estudada, dependência química, psíquica e comportamental que tem seu início na infância. Somos fumantes ativos, passivos e fumantes de terceira mão. De algum modo ou de outro, todos nós fumamos. Estamos sem alternativas. Da primeira à última inspiração, querendo ou não, iremos fumar. Em qualquer lugar. Quem não fuma não pode ser obrigado a fumar”, defende Quevedo.
Benefícios em comparação com aqueles que continuaram fumando:
Por volta dos 30 anos: ganha quase 10 anos de expectativa de vida.
Por volta dos 40: ganha 9 anos de expectativa de vida.
Por volta dos 50 anos: ganha 6 anos de expectativa de vida.
Por volta dos 60 anos: ganha 3 anos de expectativa de vida.
Após o início de uma doença com risco de vida: benefício rápido, as pessoas que param de fumar após um ataque cardíaco reduzem em 50% as chances de ter outro ataque cardíaco.
Redação Pedro Vargas
