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[Convite à Reflexão] - Capelania UCPel
24.06.2015 | 15:18 | #capelania-e-identidade-crista
[Convite à Reflexão] - Capelania UCPel
Neste mês em que a Capelania aborda o eixo “Igreja e Reflexões Pastorais”  está também atenta ao mês de junho, onde comemora-se o Dia Mundial do Meio Ambiente. Inspirados por este tema e em comunhão com a Igreja, disponibilizamos três artigos que abordam a nova encíclica do Papa Francisco “Laudato Si’ – Sobre o Cuidado da Casa Comum”, divulgada no último dia 18, pelo Vaticano.

 O primeiro texto sob o título: “Por que a encíclica do Papa Francisco tem importância”  é escrito Thomas Reese, jornalista e jesuíta, em artigo publicado por National Catholic Repórter. Segundo ele: - "Em outras palavras, a encíclica está recebendo tanta atenção dos meios de comunicação porque ela fala sobre o tema certo, na hora certa, e foi escrita pela pessoa certa". 

Logo após, oferecemos uma entrevista com Edgar Morin, renomado sociólogo e filósofo, que discute sobre a noção de ecologia integral apresentada na encíclica e afirma que a mesma é um convite a ter em conta todas as lições desta crise ecológica. Morin afirma ainda que o papa está impregnado pela cultura andina que opõe ao “bem estar”, exclusivamente materialista europeu, o “bem viver”. 

Por último, apresentamos a sudação do Presidente da rede ambiental anglicana, Dom Thabo Makgoba,  a nova encíclica. O texto foi publicado pela Anglican News. 

Edgar Morin  expõe que os cristãos, quando animados pela fonte da sua fé, são tipicamente pessoas de boa vontade, que pensam no bem comum”. Que esta motivação nos estimule a refletir sobre a perspectiva ecumênica e de franco diálogo que podemos construir em torno deste tema.  


Por que a encíclica do Papa Francisco tem importância

"Em outras palavras, a encíclica está recebendo tanta atenção dos meios de comunicação porque ela fala sobre o tema certo, na hora certa, e foi escrita pela pessoa certa.", escreve Thomas Reese, jornalista e jesuíta, em artigo publicado por National Catholic Reporter, 18-06-2015. A tradução é de Isaque Gomes Correa.
Eis o artigo

Algumas das perguntas mais frequentes que me foram feitas pelos jornalistas esta semana: Por que a encíclica do Papa Francisco importa? Que impacto ela terá? Por que ela está recebendo toda esta atenção?

Vamos começar com a última pergunta: Por que ela está recebendo toda esta atenção?

A encíclica “Laudato Si’ – Sobre o Cuidado da Casa Comum” está recebendo tanto atenção por duas razões.

Em primeiro lugar, há um consenso crescente em todo o mundo de que precisamos cuidar melhor do meio ambiente. Existe o consenso científico de que as mudanças climáticas estão acontecendo e que é a atividade humana o que está causando isso. As pessoas estão ficando mais conscientes dos problemas ambientais, mas também estão vendo que, até agora, o mundo pouco tem feito para responder à crise.

A segunda razão por que a encíclica está recebendo tanta atenção é porque ela é do Papa Francisco. Este papa é admirado, respeitado e, até mesmo, amado em todo o mundo por católicos e não católicos. Todo mundo está fascinado por este papa, e ele tem a capacidade de se comunicar numa linguagem simples que as pessoas comuns conseguem entender.

É verdade que os papas anteriores falaram ou escreveram sobre o meio ambiente e o aquecimento global, mas a mensagem deles não penetrou no ambiente público por dois motivos. Primeiro, os meios de comunicação estavam mais interessados em escrever histórias sobre os papas e o uso de preservativos do que sobre os papas e o meio ambiente.

Segundo, nos dois últimos papados, as declarações papais tendiam a soar como teses acadêmicas. A Igreja nunca foi muito boa em comunicar o ensino social católico, fosse sobre justiça, a paz ou o meio ambiente.

Por outro lado, Francisco escreve mais como um jornalista do que como um acadêmico. Qualquer um que consiga ler um jornal pode ler esta encíclica e tirar alguma coisa dela.

Em outras palavras, a encíclica está recebendo tanta atenção dos meios de comunicação porque ela fala sobre o tema certo, na hora certa, e foi escrita pela pessoa certa.

Por que a encíclica do Papa Francisco importa?
Esta encíclica importa porque é uma mensagem de autoridade por um dos grandes líderes religiosos do mundo. Ela vai estimular homilias e discussões nas paróquias de todo o mundo. Tornar-se-á uma fonte de inspiração e ideias para ativistas, pregadores, professores, teólogos e autores que ecoarão e desenvolverão a mensagem do papa.

Em sua encíclica, o papa começa olhando para os fatos: O que temos feito à terra? Em seguida, ele argumenta que a forma como tratamos a terra, a forma como respondemos às alterações climáticas, são questões morais – na verdade, uma das questões morais mais importantes do nosso tempo.

Aqueles que argumentam que o papa deveria se restringir à fé e à moral, não se envolvendo em questões políticas, parecem ter uma visão limitada da problemática. O que pode ser uma questão moral mais importante do que aquela que pode causar a morte e o deslocamento de milhões de pessoas?

A encíclica é, também, um convite para o diálogo. O papa não tem a pretensão de possuir todas as respostas. Quanto mais específicas as suas recomendações políticas, menos autoritário ele se torna. Ele está convidando economistas, empresários, funcionários públicos, ambientalistas, inventores e líderes religiosos a se reunirem, todos, para uma conversa sobre como proteger o meio ambiente. Qualquer pessoa com uma boa ideia é bem-vinda.

Esta encíclica também importa porque coloca a Igreja Católica junto do movimento ambientalista. Com abraço do Papa, esse movimento entra para a grande mídia. Os seus integrantes não podem mais ser simplesmente tomados como “abraçadores de árvores” e “adoradores da Gaia”.

Apesar dos seus esforços, o movimento ambientalista teve apenas um sucesso limitado.

Francamente, as pessoas não mudarão os seus estilos de vida a fim de proteger os ursos polares. Mas se a história nos mostra alguma coisa, é que a religião pode motivar as pessoas a fazerem coisas extraordinárias. Motivos religiosos podem levar as pessoas ao autossacrifício, a desistirem de seu próprio interesse por um bem maior. O movimento ambientalista necessita de crentes de todas as religiões que estejam motivados por suas convicções religiosas a protegerem a criação de Deus.

Que impacto ela terá?
O papa está chamando o mundo para uma conversão que terá um enorme impacto sobre o modo como vivemos, sobre a forma como funciona a nossa economia e na maneira em que os governos operam. “Revolucionário” é uma palavra muito fraca. Exigir-se-á uma mudança extraordinária de opinião e de comportamento humano para que esta revolução pacífica se realize. Exigir-se-á um sacrifício de todos, especialmente dos ricos e poderosos, que estão usufruindo dos frutos do status quo.

Fazer o que o papa pede não será tarefa fácil. Todavia, ele nos encoraja a confiarmos em um Deus amoroso e em um espírito poderoso que podem renovar a face da terra. Esta sua encíclica é notável na medida em que não depende, primeiramente, do medo para motivar as pessoas a cuidarem da terra. Em vez disso, enfatiza o amor como força motivadora.

Não podemos esperar que a encíclica transforme milagrosamente as atitudes e os comportamentos humanos de um dia para o outro. Diferentemente, a encíclica é o começo de um processo que vai durar anos. Ela exige que cada um de nós se envolva neste longo trajeto. É uma maratona, não uma simples corrida.

Como cientista social, estou bastante pessimista em que podemos evitar uma catástrofe ambiental, porém, como um cristão, tenho que ter esperança. Esta encíclica do Papa Francisco fortalece essa esperança.



“A Laudato Si’ é, talvez, o ato número 1 de um apelo para uma nova civilização”. Entrevista com Edgar Morin


“O verdadeiro humanismo é aquele que vai dizer que eu reconheço em todo ser vivo ao mesmo tempo um ser semelhante e diferente de mim”, afirma Edgar Morin (1).
A entrevista é de Antoine Peillon e Isabelle de Gaulmyn e publicada por La Croix, 21-06-2015. A tradução é de André Langer.

Eis a entrevista.

Você não hesitou, após sua leitura, em qualificar a Encíclica Laudato Si’ de providencial. O que quer dizer?
Providencial, não no sentido da divina providência! Mas nós vivemos uma época de deserto do pensamento, um pensamento fragmentado em que os partidos que se dizem ecologistas não tem nenhuma real visão da magnitude e da complexidade do problema, em que perdem de vista o interesse daquilo que o Papa Francisco, numa maravilhosa fórmula retomada de Gorbatchev, chama de “casa comum”. No entanto, esta preocupação com uma visão complexa, global, no sentido de que é preciso tratar as relações entre cada parte, sempre me animou (2).
Neste “deserto” atual, pois, eis que surgiu esse texto que vejo bem estruturado, e que responde a esta complexidade!Francisco definiu a “ecologia integral”, que não é, sobretudo, esta ecologia profunda que pretende converter ao culto da Terra e subordinar tudo a ela. Ele mostra que a ecologia toca profundamente as nossas vidas, a nossa civilização, os nossos modos de agir, nossos pensamentos.

Mais profundamente, ele critica um paradigma “tecnoeconômico”, esta maneira de pensar que ordena todos os nossos discursos e que os torna obrigatoriamente fiéis aos postulados técnicos e econômicos para tudo solucionar. Com esse texto, há ao mesmo tempo um apelo par a tomada de consciência, uma incitação a repensar a nossa sociedade e a agir. Esse é o sentido de providencial: um texto inesperado e que mostra o caminho.

Você encontra no texto uma perspectiva humanista da ecologia?
Sim, porque através desta noção de ecologia integral, a encíclica convida a ter em conta todas as lições desta crise ecológica. Mas também com a condição de precisar a noção de humanismo, que tem um duplo sentido. Na verdade, é o que Francisco disse em seu discurso. Ele critica uma forma de antropocentrismo.

Existe, com efeito, um humanismo antropocêntrico, que coloca o homem no centro do universo, que faz do homem o único sujeito do universo; em suma, onde o homem se situa no lugar de Deus. Eu não sou crente, mas penso que esse papel divino que se atribui, às vezes, ao homem é absolutamente insensato.

E, uma vez que nos encontramos nesse princípio antropocêntrico, a missão do homem, muito claramente formulada por Descartes, é conquistar a natureza e dominá-la. O mundo da natureza tornou-se um mundo de objetos. O verdadeiro humanismo é, ao contrário, aquele que vai dizer que eu reconheço em todo ser vivo ao mesmo tempo um ser semelhante e diferente de mim.

Você fez sua esta invocação de Francisco de Assis, retomada pelo papa, que fala do irmão Sol, que implica uma forma de fraternidade com o que os cristãos chamam de Criação?
O papa teve a sorte de encontrar no cristianismo São Francisco de Assis! Porque se não tivesse sido isso, teríamos poucas referências...

Hoje, nós sabemos que temos em nós células que se multiplicaram desde as origens da vida, que elas nos constituem como qualquer ser vivo... Se remontarmos à história do universo, nós nos daremos conta de que carregamos em nós todo o cosmos, e isso de uma maneira singular.

Há uma profunda solidariedade com a natureza, embora sejamos diferentes, pela consciência, pela cultura... Mas, apesar de sermos diferentes, somos todos filhos do Sol. O verdadeiro problema não é nos reduzirmos ao estado da natureza, mas não nos separarmos do estado de natureza.

O Santo Padre é levado a encontrar na Bíblia um certo número de elementos que justificam sua abordagem. Mas eu penso, ao contrário, que a Bíblia narra uma criação do homem totalmente separada dos animais, e que ela começou a gerar este pensamento antropocêntrico, que a mensagem de Paulo continuou, separando o destino pós-morte dos humanos dos outros seres vivos. Esta concepção separa, na minha opinião, a civilização judaico-cristã das outras grandes civilizações.

Mas justamente na Encíclica Laudato Si’ o Papa dá uma interpretação oposta do Gênesis...
É verdade, podemos muito bem fazer interpretações cosmogênicas do Gênesis, especialmente porque “Elohim”, que é o Deus do Gênesis, é um plural singular: ele é uno e múltiplo. Também podemos encontrar nele uma espécie de turbilhão criador. É verdade também que, no Gênesis, está escrito que no princípio Elohim separa o céu da Terra.

Essa também é uma ideia interessante, porque para que haja um universo é preciso uma separação entre os tempos (passado, presente e futuro) e o espaço (aqui e lá). Mas, minha concepção, que se situa na esteira de Spinoza, repousa sobre a capacidade criadora da natureza. Eu creio que a criatividade não parte de um criador inicial, mas de um evento inicial.

Você conhece bem a América Latina. Você tem o sentimento de que a reflexão de Francisco é tributária da cultura argentina?
Sim, com certeza. O que sempre me impressionou é sentir na América Latina, de modo geral, uma vitalidade, uma capacidade de iniciativa que não encontramos aqui [na Europa]. Na encíclica, por exemplo, eu encontro esse sentido da pobreza, tão forte nesse continente.

Na Europa, nós esquecemos completamente os pobres, nós os marginalizamos. Mas também na encíclica o conceito de pobreza está vivo, como as manifestações do Movimento dos Sem Terra ou do povo, no Brasil.

Enfim, é verdade que a Argentina, que conheceu tantas provações, que foi obrigada a pagar sua dívida porque estava falida, é um país em que há uma vitalidade democrática extraordinária. Eu não diria que é um milagre, mas foi necessário que um papa viesse de lá, com esta experiência humana.

É um papa impregnado por esta cultura andina que opõe ao “bem estar”, exclusivamente materialista europeu, o “bem viver”, que é desenvolvimento pessoal e comunitário autêntico. A mensagem pontifical apela para uma mudança, para uma nova civilização, e sou bem sensível a isso. Essa mensagem é, talvez, o ato número 1 para uma nova civilização.

Para além desta encíclica, como você vê a contribuição das religiões na nossa sociedade?
Todos os esforços para acabar com as religiões fracassaram completamente. As religiões são realidades antropológicas. O cristianismo conheceu uma contradição entre alguns de seus desenvolvimentos históricos e sua mensagem inicial, evangélica, que é o amor dos humildes. Mas, depois que a Igreja perdeu seu monopólio político, uma parte dela encontrou novamente a sua fonte evangélica.

A última encíclica é uma completa refontalização evangélica. Os cristãos, quando animados pela fonte da sua fé, são tipicamente pessoas de boa vontade, que pensam no bem comum. A fé pode ser uma salvaguarda contra a corrupção de políticos ou de administradores. A fé pode dar coragem.

Se, hoje, numa época de virulência, as religiões voltassem à sua mensagem inicial – em particular o islã, onde Alá é o Clemente e o Misericordioso –, elas seriam capazes de se compreender. Hoje, para salvar o planeta, que está verdadeiramente ameaçado, a contribuição das religiões é bem vinda. Esta encíclica é uma brilhante manifestação disso.


Presidente de rede ambiental anglicana saúda a nova encíclica do Papa Francisco

As pessoas de fé precisam se centrar nos elementos morais e espirituais da crise provocada pela rápida mudança climática, disse o arcebispo de Cidade do Cabo, Dom Thabo Makgoba, presidente da Rede Ambiental da Comunhão Anglicana, em resposta à encíclica do Papa Francisco sobre o assunto.

O texto foi publicado pela Anglican News, 18-06-2015. A tradução é de Isaque Gomes Correa

Em um comunicado emitido logo após a publicação da encíclica, o arcebispo disse: “Eu gostaria de agradecer ao Papa Francisco por esta carta encíclica histórica, inovadora. Estou ansioso para estudá-la em detalhes.

“Em toda a África e em outros países em desenvolvimento, já estamos sofrendo os impactos das mudanças climáticas, e as pessoas mais afetadas pelas secas severas ou fortes tempestades encontram-se em nossas comunidades mais vulneráveis.

“Em nossa própria província, na região sul da África, os moçambicanos foram recentemente surpreendidos por enchentes. Na Namíbia, a seca levou a indústria do gado – da qual sete em cada 10 namibianos dependem para a subsistência – a declarar estado de emergência, com o governo está pressionando os agricultores a vender o seu gado.

“A nossas igrejas irmãs no Conselho de Províncias Anglicanas da África têm histórias semelhantes. E, em uma recente consulta aos bispos que atuam nas partes mais vulneráveis do mundo, ouvimos relatos sobre algumas mudanças nas estações, sobre um aumento dos níveis do mar, a acidificação da água do mar, zonas de pesca esgotadas e de “refugiados climáticos” – pessoas deslocadas pelas mudanças no clima.

“Embora não devamos ignorar as considerações políticas, econômicas, sociais e científicas, como as pessoas de fé temos de nos concentrar nos elementos morais e espirituais desta crise. As preocupações seculares e religiosas não se excluem mutualmente.

“Os valores de dignidade e justiça estão no cerne de como respondemos à crise. A forma como cuidamos do meio ambiente está estreitamente ligada à forma como valorizamos os nossos companheiros seres humanos.

“Não só isso, pois tem a ver também com a maneira como valorizamos o resto da criação de Deus e tratamos os recursos que Ele nos confiou. O Papa Francisco evoca isto lindamente quando cita a maneira como São Francisco de Assis comungava com toda a criação, pregando até mesmo para as flores e, ao se dirigir ao Senhor, como ele se referia ao nosso planeta como ‘nossa Irmã, a Mãe Terra, que nos sustenta e governa’.

“Saúdo especialmente a maneira pela qual o Papa Francisco sublinhou a atenção que tem recebido aquilo que chama de ‘as raízes éticas e espirituais dos problemas ambientais’, exigindo ‘que busquemos por soluções não só na tecnologia, mas também com uma transformação da humanidade; caso contrário, poderemos estar lidando apenas com os sintomas’.

“Ao chamar a atenção aos elevados níveis de consumo, à ganância e ao desperdício em nosso mundo – coisas que vemos tanto nos países desenvolvidos quanto entre os ricos nos países em desenvolvimento –, a encíclica deixa claro que precisamos adotar estilos de vida mais simples, mais saudáveis.

“Se, em resposta à crise atual, tomarmos medidas proporcionais ao problema, poderemos melhorar não só a nossa vida espiritual – independentemente se somos pobres ou ricos em termos materiais – como também trazer enormes benefícios práticos aos mais pobres nos países em desenvolvimento.

“Junto-me a Kofi Annan, ex-secretário-geral das Nações Unidas, quando ele desafia os líderes nas negociações climáticas em Paris, no mês de dezembro, a demonstrarem a mesma liderança moral e ética”.


Oração pela nossa terra
(do Papa Francisco, na Encíclica “Laudato Si”)

Deus Onipotente, que estais presente em todo o universo
e na mais pequenina das vossas criaturas,
Vós que envolveis com a vossa ternura tudo o que existe,
derramai em nós a força do vosso amor
para cuidarmos da vida e da beleza.
Inundai-nos de paz, para que vivamos como irmãos e irmãs
sem prejudicar ninguém.
Ó Deus dos pobres, ajudai-nos a resgatar
os abandonados e esquecidos desta terra
que valem tanto aos vossos olhos.
Curai a nossa vida, para que protejamos o mundo e não o depredemos,
para que semeemos beleza e não poluição nem destruição.
Tocai os corações daqueles que buscam apenas benefícios
à custa dos pobres e da terra.
Ensinai-nos a descobrir o valor de cada coisa,
a contemplar com encanto,
a reconhecer que estamos profundamente unidos com todas as criaturas
no nosso caminho para a vossa luz infinita.
Obrigado porque estais conosco todos os dias.
Sustentai-nos, por favor, na nossa luta
pela justiça, o amor e a paz.
Amém!

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