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Comunicação Assistiva na UCPel: pela autonomia da comunidade surda
14.11.2007 | 00:00
Comunicação Assistiva na UCPel: pela autonomia da comunidade surda

Trabalhar pela inclusão e facilitação da independência da comunidade surda é o objetivo maior do novo curso da Universidade Católica de Pelotas (UCPel): Tecnologia em Comunicação Assistiva. O curso, com duração de cinco semestres, busca a formação de intérpretes de Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), com atenção aos meios culturais e lingüísticos que a envolvem. A iniciativa é pioneira no Rio Grande do Sul.

Comunicação Assistiva é um curso voltado para pesquisa, desenvolvimento, criação e restauração de funções orgânicas (que facilitam a autonomia das pessoas), e conseqüente melhoria da qualidade de vida. Graduação tecnológica voltada à interpretação e tradução de LIBRAS, o curso, ao formar intérpretes, beneficia não apenas os surdos, mas também os ouvintes.

De acordo com o professor do curso e mestrando em Estudos Surdos pela Universidade de Bristol (Inglaterra), Sandro Rodrigues da Fonseca, o aluno formado deverá entender claramente as funções e limites da atuação como intérprete e tradutor de LIBRAS, cujos equívocos ainda existem no Brasil e em muitos lugares do mundo. “A formação de intérpretes é recente. Precisamos de uma nova ‘safra’ de profissionais. Isto é bom para a comunidade surda: promove inclusão não só na sala de aula, mas em todos os cenários.”, disse.

Segundo o professor, que pesquisa a identidade do intérprete de LIBRAS, o curso deve trazer elementos culturais e lingüísticos. “Devemos entender o processo de diferenças culturais, além da lingüística surda. Traduzir entre culturas, não somente entre línguas”, disse, ao comparar a língua de sinais com uma língua estrangeira. De acordo com ele, a formação acadêmica contribui para conhecer funções, relações e postura do intérprete.

Só em Pelotas, são mais de 5 mil surdos. E, para o professor, o intérprete beneficia não somente o surdo, mas o ouvinte. “Os surdos têm muito a oferecer, e somos nós que ficaremos excluídos se não houver um profissional para oferecer essa comunicação. Ela ocorre dos dois lados: do surdo e do ouvinte”, afirmou.

A ênfase do curso de Comunicação Assistiva é em LIBRAS, mas pode, no futuro, incluir Braille.

Vestibular
O tecnólogo em Comunicação Assistiva atua na promoção da acessibilidade das pessoas com deficiência, na perspectiva da inclusão escolar e social nos setores públicos ou privados. Utiliza recursos pedagógicos, linguagens, códigos e sistemas específicos tais como LIBRAS, Braille e Comunicação Alternativa, equipamentos, tecnologias, ferramentas de trabalho especialmente desenhadas ou adaptadas para viabilizar a comunicação, a informação e a sinalização para o acesso à educação.

O curso de Tecnologia em Comunicação Assistiva tem duração de cinco semestres, e é oferecido no horário das 16h às 19h. As inscrições para o processo seletivo podem ser feitas até o dia 06 de dezembro pelo site www.ucpel.tche.br ou diretamente no Campus I da Universidade (Rua Gonçalves Chaves, 373). A prova será realizada no dia 10 de dezembro, das 8h30min às 13h30min.

Serviço
Modalidade:
  Graduação Tecnológica
Duração do Curso: 5 semestres
Carga Horária Total: 1.600 h
Horário de aula: das 16h às 19h
Número de Vagas: 40 vagas
Ingresso: 2008/1
Mensalidade: R$ 350,00
Pré-requisito: Conhecimento básico de Libras

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