Trilhar a história de Pelotas e aprender um pouco mais sobre os pontos turísticos não tem barreira de idade. Por isso, o Projeto Palmilhar, em parceria com o Centro de Extensão em Atenção à Terceira Idade da Universidade Católica de Pelotas (Cetres/UCPel) realizou, no dia 04, um passeio pelos principais prédios que circundam a Praça Coronel Pedro Osório.
Orientadas pela coordenadora da oficina de Turismo, Maria Helena de Souza Nobre, o grupo, formado por cinco senhoras, explanou sobre história e características das construções. Em frente a cada prédio, as integrantes realizaram a leitura de redações, anteriormente elaboradas, com informações e curiosidades históricas. “Cada integrante pesquisou sobre um prédio diferente. Assim todas tiveram a oportunidade de conhecer um pouco mais da história de Pelotas”, explica Maria Helena. Construções como a Biblioteca Pública, o Theatro Sete de Abril, a Escola Eliseu Maciel e o chafariz da Praça Coronel Pedro Osório foram visitadas.
O objetivo do Projeto Palmilhar, no entanto, transcende o informar. É uma oportunidade de retomada do convívio social para as idosas. “A saída de campo é muito importante para elas. Traz vida”, afirma Maria Helena. De acordo com ela, muitas pessoas na terceira idade sofrem de solidão e depressão, mas atividades de campo tendem a melhorar a qualidade de vida. “O Projeto Palmilhar conta com atividades prazerosas e ao ar livre, o que ajuda nesse processo, pois ativa a memória, faz pensar e pesquisar”, diz. Em vez de o idoso ficar em casa, distraindo-se com televisão ou trabalhos manuais, o projeto proporciona que ele movimente o círculo de amizades. “Com o passeio, além de aprender sobre Pelotas, conhecemos outros grupos de pessoas”, diz a integrante Sirley Leitzke.
A opinião das participantes é unânime: todas adoraram o projeto. “Gostei muito. Encanta-me conhecer a história de nossa cidade”, diz a integrante Glades Lima. Para Sirlei Amaro, que integra o grupo da terceira idade há cinco anos, o passeio proporciona uma revitalização de informações e uma importante troca de conhecimentos. "Com esse trabalho a gente sente que pode contribuir com a divulgação da cultura de Pelotas. Nos sentimos valorizadas, o que também ajuda na nossa auto-estima", conta.
Realizado desde 2006, o Projeto Palmilhar proporciona anualmente saídas com diferentes grupos e integrantes. O conhecimento dos pontos turísticos do município, segundo a coordenadora, tende a modificar o olhar sob a cidade. “A partir do passeio é criado um olhar diferenciado. As pessoas passam a se deter mais diante dos detalhes de cada construção”, diz.
