O tema da Campanha da Fraternidade 2022, “Fraternidade e Educação”, será apresentado na Universidade Católica de Pelotas (UCPel) em missa no dia 5 de abril. A atividade, sob coordenação do capelão, padre Martinho Lenz, ocorrerá às 18h na Capela do Campus Dr. Franklin Olivé Leite (Campus Saúde).
Voltado para toda a comunidade acadêmica, a celebração eucarística chamará a atenção sobre a necessidade de uma educação ampla e permanente, explica Lenz. “ A campanha retoma o tema educação, já tratado em 1986, por ser um momento relevante e oportuno ao país. Precisamos de uma formação crítica e sólida, para desenvolver a capacidade de discernir o que é justo do que não é”, explica.
O lema da campanha “Fala com sabedoria, ensina com amor” foi inspirado no Papa Francisco ao propor um novo Pacto Educativo Global. De acordo com padre Martinho, em Pelotas a Pastoral da Educação estará à frente de diversas atividades de formação voltadas para escolas públicas e privadas.
Dentre elas está o Dia ANEC, evento que reúne professores de instituições católicas de todo o estado. A atividade será on-line no dia 26 de março, às 9h, pelo Canal da ANEC no Youtube. A palestrante será a irmã Elis Machado, professora e pesquisadora no campo da antropologia, neuroteologia, espiritualidade e mística comparada.
Na avaliação do capelão da UCPel, um dos principais problemas enfrentados no país, e que interfere diretamente na qualidade da educação, ocorre pela grande diferença social existente. “Grande parte das crianças e jovens tiveram dificuldades para acessar as mídias existentes; estamos com cerca de 30% de evasão escolar e os que conseguiram prosseguir de alguma maneira apresentam grande defasagem”, avalia.
De acordo com Lenz, os problemas de hoje certamente resultarão em uma maior dificuldade desses jovens acessarem o mercado de trabalho, buscarem seus direitos, perpetuando por mais um ciclo a precariedade de boa parte da população.
Ainda, o capelão da UCPel cita o desleixo por parte das autoridades governamentais como outro fator de dificuldade. “Atividades culturais sofreram um duplo golpe do governo. Descaso e indiferença com artistas, intelectuais e com a imprensa livre”, diz.
Para Lenz, enfrentar problemas como o preconceito existente contra pobres, mulheres e negros e pressionar por políticas públicas substanciais pode ser o caminho para melhorar o cenário. “Precisamos vencer o entrave da pobreza geral; do desleixo por parte de alguns governantes e do mito de que existe no Brasil uma democracia racial. Só desta forma conseguiremos implantar uma democracia real”, afirma.
Redação: Rita Wicth - MTB 14101