Com a proposta de gerar reflexão em relação a questões sobre direitos humanos e encarceramento, os alunos do curso de Direito da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) realizaram uma visitação ao Memorial do Judiciário do Rio Grande do Sul (RS). No local está aberta até o dia 25 de agosto a ‘Exposição Fotográfica 20 anos do Presídio Central de Porto Alegre’. (Clique na imagem para ver outras fotos)
A finalidade da visita foi proporcionar aos acadêmicos a visualização do sistema carcerário brasileiro através das fotografias do Presídio Central. A exposição promove a observação em relação às condições subumanas em que os encarcerados estão expostos. “A ideia foi promover a reflexão acerca do sistema prisional, e enxergar que apesar do detento ter praticado algum crime não autoriza o Estado a colocá-lo em condições como são identificadas nos presídios do país”, explica a coordenadora do curso de Direito, Ana Luiza Berg Barcellos.
Ainda no Memorial Judiciário do RS, o grupo teve a oportunidade de presenciar a palestra do juiz da 1° vara de execução penal de Porto Alegre, Paulo Augusto Irion. O magistrado levou uma série de dados, informações e estatísticas sobre encarceramento e o perfil do encarcerados, que tem em sua maioria jovens de até 30 anos de etnia negra. Na escala apresentada por ele, a maior parte dos delitos cometidos é tráfico de drogas e roubo.
De acordo com a acadêmica do 8° semestre, Elisandra Campos, a experiência foi valiosa por conseguir ir além da teoria. Ela ressalta que enxergar o lado humano do judiciário acrescenta na sensibilização que o futuro profissional da área necessita. “É uma exposição chocante e nos mostra as condições degradantes e sem reintegração que o detento está exposto. É um evento que mais estudantes de Direito deveriam ter contato”, aponta.
Segundo a coordenadora do curso, oportunizar o conhecimento fora das dependências da Universidade fortalece o aprendizado sobre os temas expostos na exposição. “Foi realmente um dia de reflexão acerca das temáticas apresentadas, sem dúvida nenhuma de consolidação dos entendimentos que começaram a ser construídos dentro da sala de aula”, finaliza.
Redação: Rafaela Rosa