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A dança da luz através da obra de Tânia Bellora
12.03.2009 | 00:00
A dança da luz através da obra de Tânia Bellora
De uma noite de lua cheia surgiu a inspiração para desafiar os paradigmas da fotografia. Foi assim que Tânia Bellora deu início à produção de imagens criadas através de uma técnica pouco convencional, mas de efeito plástico. O resultado deste trabalho inédito poderá ser visto na exposição “Luz e Movimento – Visão além da imagem”, que ocorre de 13 a 31 de março na Galeria de Arte Universidade Católica de Pelotas (UCPel), no Campus I, diariamente das 8h às 22h.

A advogada conta que bastou um olhar para o céu e o vislumbre da lua cheia para dar início à captação dessas imagens. “Aquela lua despertou em mim uma vontade incrível de brincar com sua luz”, conta. Foi aí que Tânia pegou a câmera fotográfica e começou a desenhar caminhos pelo céu, numa viagem imaginária, de formas diversas, que foi dando vida a este trabalho.

As imagens são feitas em câmera digital, usando a técnica da velocidade baixa e total abertura do diafragma para captar cada momento com nuances e formas das mais diversas. “A máquina se interpôs entre novos pontos e meu olhar, e desde então essa viagem começou sem mais parar”, observa. Ela conta que a criação das obras começou numa espécie de sedução pela luz e suas formas. “Era como se minha mão me levasse a fazer movimentos sincronizados, que nem mesmo eu sabia onde iria dar, a luz me atraia e eu brincava com ela”, conta. Por meio desses movimentos surgiu um mundo novo para Tânia, que ia além da imagem real. “Sem estar presa a nenhuma regra ou influência”, complementa.

A mistura de cores fez nascer imagens intrigantes, instigantes, apaixonantes. A constatação é do fotógrafo Nauro Júnior, do jornal Zero Hora, que acumula 18 anos de fotografia e diversas exposições. “O trabalho além de ser interessante, mostra outras faces da fotografia, não convencionais, mas igualmente sedutoras”, salienta. O resultado desse processo, em que há a modificação das características do sistema visual, acontece em razão das luminâncias e dos estímulos apresentados, produzindo assim um grau de satisfação visual, maior ou menor.

Esta verdadeira dança da luz poderá ser apreciada através da mostra promovida pelo projeto Bolsa Arte. O acervo pode ser visitado gratuitamente, de segunda a sexta-feira, das 8h às 22h, na rua Gonçalves Chaves, 373.
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