Neste domingo (26) ocorre o 2º Movimento Pontal Vivo. A atividade é voltada para ecólogos, biólogos e pessoas interessadas na preservação natural do Pontal da Barra no Laranjal. O projeto de extensão Rastro Selvagem da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) apoia o evento.
Após a boa receptividade da edição anterior, o Movimento Pontal Vivo está, outra vez, propondo atividades integradoras a fim de conscientizar a sociedade quanto a assuntos ambientais, em específico, relacionados ao Pontal da Barra e a sua importância para a manutenção do ecossistema.
Na atividade, será iniciada a produção de um documentário sobre as questões importantes envolvidas em torno do Pontal da Barra, como os incêndios recentes, o desmatamento e a tomada de território por loteamentos. A importância do ecossistema local terá destaque.
Nesse segundo evento será realizado, ainda, um passeio fotográfico pelo Pontal, apresentações musicais e do Grupo Tholl, exposição de espécies taxidermadas da fauna ameaçada pelo Museu de História Natural da UCPel e mostra de artefatos de nativos indígenas da região por acadêmicos de Arqueologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel).
Para o membro do projeto Rastro Selvagem, João Vicente da Luz, essa ação integradora tem o objetivo de fazer com que a comunidade perceba a gravidade dos fatos envolvidos e, assim, se manifeste e se posicione quanto aos problemas ambientais. “É necessário conhecer para preservar”, destacou.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente (MMA), a região do Pontal da Barra é considerada uma área de importância e prioridade “extremamente alta”, fato que se deve à grande biodiversidade relacionada ao ambiente estuarino (aves migratórias, peixes estuarinos e marinhos, além de crustáceos).
Para o professor dos cursos de Ciências Biológicas e Ecologia da UCPel, Maycon Sanyvan Sigales Gonçalves movimentos como o Pontal Vivo são reflexo da expressão de angústia de uma comunidade ao ver a degradação de seu ecossistema. Ele diz acreditar que a degradação do Pontal é proveniente do falso conceito de área úmida empregado à região. “Não há educação, respeito e bom senso no tratamento administrativo de uma área de controle hidrológico e de grande biodiversidade como é o Pontal da Barra no Laranjal”, ressaltou o professor, ao criticar a falta de um zoneamento ambiental das áreas do município. “A falta do zoneamento é ruim para os pesquisadores ambientais e, também, para a fiscalização séria de pontos ameaçados”.
O 2º Movimento Pontal Vivo ocorre a partir das 14h, em frente ao trapiche do Laranjal. Para que quer ir de uma forma alternativa e diferente, em frente ao Theatro Sete de Abril (praça Coronel Pedro Osório), às 13h15min, será iniciado um passeio ciclístico até o local do evento.
A participação em toda a programação é gratuita. Devem ser levadas câmeras fotográficas para a realização de uma exposição posterior sob a temática
Fotografia violentamente pacífica no Pontal da Barra. Mais informações pela
página do Movimento no Facebook.