O Programa de Pós-Graduação em Política Social da Universidade Católica de Pelotas (PPGPS/UCPel) esteve reunido nesta terça-feira (19) para debater a questão indígena na América Latina. A problemática vivida pela cidade de Pelotas, que recentemente recebeu um grupo de índios da cidade de Chapecó afetados pelas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), também foi comentada no encontro.
Na abertura do evento, a coordenadora do PPGPS, professora Vini Rabassa da Silva, disse que a chegada do grupo a Pelotas torna presente a necessidade de se pensar nas dificuldades enfrentadas por esses povos. “Como nunca tivemos índios em Pelotas, eles eram lembrados pelas escolas apenas na data do dia do índio e, durante o restante do ano, permaneciam esquecidos”, comentou.
As questões indígenas também passaram a ser mais evidentes para o PPGPS da UCPel devido a chegada de uma pós-doutoranda que trabalha com o tema desde 1998. “A professora do Programa de Direito da Universidade de Magdalena (Colômbia) e pós-doutoranda do nosso Programa, Isabela Figueroa, já trabalhou com povos indígenas do Equador e da região do Amazonas e agora vem para o Brasil aprofundar a relação do país com os índios”, disse.
O evento foi dividido em duas mesas de debates, que contaram com a presença da pós-doutoranda da UCPel, Isabela Figueroa, da professora de Direito da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Márcia Bertoldi, do professor do Departamento de Filosofia da Universidade de Cauca (Colômbia), Mario Valencia, do professor de História do Instituto Federal Sul-Rio-Grandense (IFSUL), Francisco Vitória, do líder kaingang Pedro Salvador e do coordenador do Conselho Indigenista Missionário (CIMI Sul), Roberto Liebgott. Foram arrecadados alimentos que serão entregues ao grupo kaingang, localizado atualmente próximo a Rodoviária de Pelotas.