Visando compreender as demandas das cozinhas comunitárias de Pelotas e região Sul do Estado, que se mostraram fundamentais no contexto das enchentes - porém já prestavam assistência à comunidade muito antes disto - foi realizada nesta quinta-feira (25), na Universidade Católica de Pelotas (UCPel) uma reunião para dar início à pesquisa do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).
A pesquisa, executada por uma equipe da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), tem o objetivo de tornar as cozinhas solidárias alvo de políticas públicas, transformando-as em pontos fixos de combate à insegurança alimentar.
Participaram da reunião 14 líderes de cozinhas solidárias da zona Sul, o grupo de pesquisa em questão agrária do Programa de Pós Graduação em Políticas Sociais e Direitos Humanos (PPGPSDH) da UCPel, os professores de Serviço Social da universidade Tiago Nunes e Cristiane Jaques e a equipe da Cáritas Arquidiocesana de Pelotas - entidade responsável pela plataforma gestão da Plataforma de Combate à Fome.
A UCPel, por meio do seu PPGPSDH, seus grupos de extensão e pesquisa, tem se destacado na agenda da segurança da soberania alimentar. A universidade integra e coordena o Conselho Municipal de Segurança Alimentar e o Fórum Regional de Soberania Alimentar. Segundo Nunes, muitos alunos da instituição estão envolvidos neste projeto, que hoje conta com mais de 40 pontos de combate à fome, mais de 10 cooperativas de produção da região que produzem seus alimentos e, por meio da políticas públicas, entregam sua produção para mais de 2.500 famílias.
Para o professor, as cozinhas solidárias foram identificadas como o equipamento mais eficiente de garantia da segurança alimentar em momentos de crise e catástrofe climática, demonstrando a necessidade da pesquisa em identificar os desafios e necessidades desses grupos.
Redação Pedro Vargas