Se a Feira do Polo Naval é um mar de oportunidades, a Universidade Católica de Pelotas (UCPel) está disposta a navegar. Na noite desta terça-feira (12), durante a abertura oficial do evento, em Rio Grande, representantes da Universidade estiveram presentes e deram continuidade a negociações e prospecções de negócios.

O reitor, José Carlos Bachettini Júnior, que compôs a lista de personalidades convidadas ao palco da cerimônia, adiantou que a expectativa é grande. É o segundo ano da Feira e também o segundo em que a UCPel se faz presente. Além de demonstrar suas potencialidades, a Universidade já fez contatos com agentes financeiros, políticos da região e indústrias – já no primeiro dia de evento, uma empresa da serra gaúcha procurou a Universidade para articulação. “É um mundo de oportunidades. A Feira abre um leque muito grande para o meio acadêmico”, avaliou o reitor.

Além de já existir o oferecimento de cursos de pós-graduação voltados às necessidades do Polo Naval – a exemplo das especializações em Engenharia de Segurança do Trabalho, Medicina e Enfermagem do Trabalho -, a Universidade pretende abrir novas turmas conforme a demanda prospectada no evento. De acordo com o gerente de negócios da UCPel, Ezequiel Megiato, o gargalo do Polo Naval é a qualificação de mão de obra, ponto onde a Universidade deve intervir com cursos de aperfeiçoamento específicos. “Se se quer desenvolvimento, um dos canais é a qualificação, para que o setor seja sustentável”, disse, ao mencionar ainda o levantamento de parcerias estratégicas que deve ocorrer durante todo o evento.

O Polo Naval gaúcho é considerado o segundo maior polo naval brasileiro em importância, com uma carteira de encomendas da ordem de US$ 15 bilhões atualmente. A intenção da Feira é discutir e promover desafios, inovações e oportunidades da indústria oceânica, por meio de palestras, workshops, conferências, rodada de negócios e área de exposição.

Na ocasião, o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, mencionou que os desafios de infraestrutura pelos quais o país passa não são ligados a problemas, mas a oportunidades. Segundo ele, a região possui uma “potencialidade sinérgica extraordinária”. Conforme o ministro, que foi homenageado na ocasião, o Polo Naval é uma oportunidade de consolidar uma indústria de primeira linha, capaz de absorver tecnologia e formar profissionais. “Acredito que depende de cada um fazer o melhor para que esse ciclo seja proveitoso, e, a partir dele, estruturar uma economia pujante e sofisticada para o Brasil e para a população que aqui reside”, afirmou.


* Na foto, o reitor José Carlos Bachettini Júnior entre as autoridades que ouvem a fala do ministro Paulo Sérgio Passos.