A terça-feira, 11 de junho, ficará marcada na história de Pelotas como um dia triste. Nesta data foram oficialmente encerradas as atividades do Diário Popular, o terceiro jornal mais antigo do país - berço de grandes profissionais, reduto de grandes histórias e, agora, espaço de uma enorme saudade.

Fundado em 1890, o DP acompanhou a atuação de quase 40 presidentes, trouxe aos leitores notícias das duas grandes guerras mundiais, esteve firme no surgimento da internet e também embarcou no mundo virtual, tornando-se o veículo de comunicação com o maior número de seguidores na Metade Sul do Estado. O Diário também superou, com muito comprometimento, a pandemia do coronavírus, maior crise sanitária da história recente, e ainda teve forças para mostrar a realidade de milhares de pessoas afetadas pelas cheias da Lagoa dos Patos e do canal São Gonçalo, como já havia feito em 1941.

Entre os centenas de jornalistas que frequentaram a Redação da rua 15 de Novembro, incontáveis se graduaram em Jornalismo na Universidade Católica de Pelotas (UCPel), que participou ativamente da construção do legado eternizado pelo jornal ao longo de tantos anos. Outros tantos integraram a equipe de jornalismo do DP como estagiários e partiram para o mercado de trabalho com uma grande bagagem, inclusive posteriormente retornando ao Diário e ocupando cargos de liderança.

Marcando presença nas páginas impressas ou virtuais deste grande veículo, a universidade pôde levar à comunidade todo o seu trabalho assistencial, nas mais variadas áreas. A UCPel lamenta profundamente o fechamento de um veículo tão tradicional. Mas não apenas pela tradição. Principalmente pelas décadas de parceria, pelo respeito ao trabalho e pelo compromisso com Pelotas e todo o Rio Grande do Sul.

Não é exagero dizer que a Universidade Católica perdeu um amigo.

Obrigado por tudo, Diário Popular.

Universidade Católica de Pelotas