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UCPel é FUMO ZERO: entenda mais sobre os riscos do fumo na sua saúde
03.05.2024 | 00:00 | #ucpel-mais-saudavel #institucional
UCPel é FUMO ZERO: entenda mais sobre os riscos do fumo na sua saúde

Há mais de dez anos, o Programa UCPel mais Saudável existe na Universidade Católica de Pelotas (UCPel), tornando o local um ambiente livre do consumo de produtos fumígenos, derivados ou não do tabaco.


Com isso, é proibido a todos o uso de tabaco e cigarros eletrônicos nos prédios administrados pela universidade, sejam eles fechados, parcialmente fechados ou murados. A portaria 100/2023, assinada pelo reitor, também proíbe o uso nos espaços abertos, como pátios interiores e jardins. 


O programa, coordenado pelo professor e médico Roni Quevedo, também inclui ações de prevenção, orientação e educação sobre o uso abusivo de álcool e outras drogas. Confira abaixo algumas informações sobre o tabaco, seus derivados e os possíveis danos à saúde causados por eles. 

O tabaco e suas mazelas

Segundo o Ministério da Saúde, o uso do tabaco passou a ser identificado como fator de risco para uma série de doenças a partir da década de 1950. No Brasil, na década de 1970, começaram a surgir movimentos de controle do tabagismo liderados por profissionais de saúde e sociedades médicas. A atuação governamental, no nível federal, começou a institucionalizar-se em 1985 com a constituição do Grupo Assessor para o Controle do Tabagismo no Brasil e, em 1986, com a criação do Programa Nacional de Combate ao Fumo.

 

No país, a última estimativa era de que o tabagismo fosse responsável por 200 mil óbitos ao ano. Reconhecidamente, uma doença crônica — resultante da dependência à droga nicotina — o tabagismo é um fator de risco para cerca de 50 doenças, dentre elas, câncer e doenças cardiovasculares, além de estar associado às doenças crônicas não transmissíveis. O tabagismo também é um fator de risco importante para o desenvolvimento de outras doenças, tais como tuberculose, impotências sexual, infecções respiratórias… 


De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), O percentual de fumantes no Brasil vem caindo e tem relação com as principais medidas implementadas em nível nacional e local, como proibição de fumar em ambientes fechados, adoção de advertências sanitárias em embalagens de cigarros, aumento de preços e impostos, proibição de propaganda, promoção e patrocínio, oferta de tratamento para deixar de fumar em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) e campanhas educativas.


Roni Quevedo, ressalta a importância do esclarecimento acerca dos problemas que o consumo de cigarro causa, inclusive a quem não fuma — os fumantes passivos e de terceira mão. “As doenças de um fumante passivo são as mesmas de um fumante ativo”, relata. “A agressão das substâncias que existem no cigarro é muito forte — são mais de 7 mil substâncias e destas quase 60 são tóxicas e cancerígenas”


Mesmo entre jovens, o percentual de experimentação vem se reduzindo. A exposição passiva à fumaça tóxica dos produtos de tabaco também tem sido reduzida ao longo dos mais de 10 anos de acompanhamento nas capitais brasileiras. Alguns dados apontam para o consumo de outros produtos derivados do tabaco que merecem atenção, como é o caso dos cigarros eletrônicos (também conhecidos como Vape). De acordo com os dados, o consumo per capita de cigarros também se mostra em queda.

Cigarros eletrônicos

Os dispositivos eletrônicos para fumar (DEF), são também conhecidos como cigarros eletrônicos, vapes, pod, e-cigarette, e-ciggy, e-pipe, e-cigar, heat not burn (tabaco aquecido), entre outros. Desde 2003, quando foram criados, tais produtos passaram por diversas gerações: os produtos descartáveis - de uso único; os produtos recarregáveis com refis líquidos (que contém em sua maioria propileno glicol, glicerina, nicotina e flavorizantes) - em sistema aberto ou fechado; os produtos de tabaco aquecido, que possuem um dispositivo eletrônico onde se acopla um refil com tabaco; os sistema "pods", que contém sais de nicotina e outras substâncias diluídas em líquido e se assemelham à pen drives, dentre outros.


Um levantamento recente do IPEC (Inteligência em Pesquisa e Consultoria) aponta que 2,2 milhões de adultos afirmaram ter consumido os dispositivos eletrônicos para fumar até 30 dias antes da pesquisa ser feita. No primeiro levantamento feito pelo IPEC, em 2018, o índice era de 0,3% entre a população, com menos de 500 mil consumidores.

 

A pesquisa aponta também que cerca de 6 milhões de adultos fumantes afirmam já ter experimentado cigarro eletrônico, o que representa 25% do total de fumantes de cigarros industrializados, um acréscimo de 9 pontos percentuais em relação a 2019.


De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), um levantamento apontou que cerca de 70% dos usuários têm atualmente entre 15 e 24 anos. “Os adolescentes e jovens estão caindo no mesmo papo que a indústria do cigarro convencional utilizou para criar uma geração de fumantes. A ideia de ser saudável, de uma cultura de consumo, que também existiu antes”, foi o que explicou a referência técnica do Programa Tabagismo da SES, Ivete Góis.


No Brasil, o consumo de cigarros eletrônicos apresentou um aumento significativo nos últimos quatro anos. Embora sejam produtos proibidos no país pela Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 2009, a comercialização ocorre de maneira ilegal.

Substâncias contidas nos cigarros eletrônicos 

A diferença entre cigarro eletrônico e o convencional é a constituição química. Os vapes supostamente contém concentrações menores de nicotina, que se encontra no estado líquido. Por outro lado, eles apresentam mais de 80 substâncias tóxicas que variam de acordo com o produto.

Tratamento e acompanhamento gratuitos

A rede do SUS disponibiliza, gratuitamente, o acesso a abordagem cognitivo-comportamental, material de apoio e, quando houver indicação, tratamento medicamentoso com terapia de reposição de nicotina (TRN), pelos adesivos transdérmicos, e do tratamento não nicotínico com cloridrato de bupropiona. Todo tratamento ofertado pelo PNCT está baseado em evidências científicas compiladas na abordagem e no tratamento do fumante. 

Na Universidade, o Programa UCPel mais Saudável oferta atendimento e aconselhamento em eventos e através de agendamentos que podem ser feitos pelo e-mail ucpelmaissaudavel@ucpel.edu.br

 


Redação: Nátalli Bonow

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