O cachorro Teddy, mascote do Campus da Saúde da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), morreu de causas naturais no último sábado (28). O cão, que tinha cerca de 15 anos, vivia há mais de cinco anos no campus e conquistou o coração de estudantes, professores e demais servidores da UCPel.
Formam feitas homenagens de pessoas que conviveram com o cãozinho nas redes sociais no final de semana.
A trajetória
Teddy era um animal de rua que vivia na UCPel, sob os cuidados de alunos, professores e servidores. Com isso, acabou tornando-se mascote do Campus Saúde. Ele era alimentado e cuidado pela comunidade acadêmica. Grande companheiro dos porteiros, Teddy fazia companhia a eles nos dias ensolarados.
O cãozinho adorava brincar, conforme relata Rafael Arruda, supervisor de infraestrutura: “quando víamos, o Teddy estava brincando com os preás do campus”.
No último mês, Teddy foi acolhido por uma ONG, mas retornou ao Campus Saúde na última semana. No regresso, apresentou problemas de saúde. Duas alunas tomaram a atitude de levá-lo a uma clínica para o suporte necessário. Ele chegou na unidade com saturação baixa.
Após três dias de tratamento, foi confirmada a morte de Teddy. A UCPel tomou as providências necessárias para dar o suporte e dignidade ao animalzinho que por anos fez morada no campus. Foi concluída no final de semana a cremação de Teddy.
Universidade de acolhimento
Assim como o Teddy, Alemão é outro caramelo que recebe o carinho e alimentação por parte da comunidade acadêmica. A UCPel integra e promove campanhas para o bem-estar dos pets, tanto do campus, quanto daqueles em situação de rua.
Poesia a Teddy
Entre todas as homenagens, destaca-se a de um dos porteiros companheiros de Teddy, Osvandir Fagundes. Ele escreveu a poesia “Tributo a um Amigo”. Nas palavras de Osvandir, Teddy foi um grande companheiro e um ótimo guardião de toda a comunidade acadêmica. Confira na íntegra:
TRIBUTO A UM AMIGO
Uma lágrima surgiu
um nó na garganta ficou
quando a notícia chegou .
O Teddy parou de viver,
e mesmo notícia esperada
foi difícil absorver.
Por certo viveu feliz,
é assim que quero crer
foi dono do próprio nariz.
Ele regeu seu viver
em liberdade viveu
na plenitude do ser.
Carinho e amor recebeu
essa verdade é um fato,
e a vida assim lhe valeu.
Mas o tempo... esse é ingrato
a idade cobrou o preço
e nosso amigo se viu fraco.
O tempo deixou-o curvado
como faz com todo idoso
mesmo com todo cuidado.
Foi do campus guardião,
dos porteiros companheiro
de todos foi amigão.
Viveu assim os seus dias
cercado de regalias
a vida plena de um cão.
E olha só a ironia
pra quem viveu no saúde
morrer de pneumonia.
Lembranças é o que restou
e saudades já chegando
do amigo que tombou.