Depois de coletar dados em três escolas públicas e três escolas privadas de Ensino Fundamental, formandos da graduação em Fisioterapia da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) apuraram que quase 90% dos professores sofrem com dores osteomusculares. A prevalência de sintomas dolorosos em docentes é o tema do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de Jerônimo Branco e Felipe Guido.

Segundo o estudo, a região do corpo que aparece mais comprometida pelas dores é a coluna vertebral e, em seguida, os ombros. “Os professores de Educação Artística e os de Português são os que mais apresentam esses sintomas”, explicou Branco.

Cerca de 36% dos entrevistados relataram ter abandonado as atividades docentes por causa das dores nas articulações. Um dos motivos apontados para as ocorrências é a má ergonomia do local de trabalho. 46% dos professores considera esse item péssimo, 32% julga como razoável e apenas 22% estão satisfeitos: acreditam que a ergonomia é boa.

Para a orientadora, professora Patrícia Giusti, o número de professores atingidos pelos sintomas dolorosos é altíssimo. E, justamente por isso, um dos pontos de destaque do trabalho são as medidas sugeridas para melhora do quadro. “O ideal seria que todas as escolas pudessem rever seus mobiliários e adaptassem quadros, cadeiras e mesas, conforme a necessidade dos professores. Instalar armários para evitar que muito peso seja carregado também diminuiria muitos problemas”.