O Instituto de Menores do Dom Antônio Zattera (IMDAZ) e o Serviço de Psicologia da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) acertaram parceria voltada à promoção da saúde mental de crianças e adolescentes atendidas pelo IMDAZ. Estudantes do sétimo semestre do curso de Psicologia já atuam no espaço e desenvolverão projetos tanto para a equipe do Instituto quanto para grupos voltados à saúde mental.
De acordo com o coordenador do Estágio de Psicologia no IMDAZ, João Arturo Silva Dorner, todas as atividades realizadas pelos acadêmicos se darão dentro das perspectivas da saúde mental coletiva. “Nossas ações visam contribuir para o desenvolvimento de práticas saudáveis e que englobam os cuidados em saúde mental”, explica.
As restrições impostas pela pandemia do novo coronavírus adiaram a realização plena da parceria, firmada no começo de 2020. Para 2021, dois projetos já ganharam forma e vão tratar de jogos interativos, como o de tabuleiros, visando o brincar em grupo para o desenvolvimento e reconhecimento das emoções; e outro que engloba práticas de costura, contribuindo também para a geração de renda.
Para o coordenador, a importância da efetivação da parceria no atual cenário ainda é reforçada pelo agravamento dos efeitos psicológicos gerados pela pandemia. “As pessoas estão mais sensíveis e ansiosas com o futuro e com suas emoções, por isso a importância da manutenção da saúde mental neste momento grave vivenciado em todo o mundo”, diz.
Os acadêmicos da Psicologia Pietro Peres, Manuela Mota, Alessandro Silveira, Victoria Schneider e Helena Bohm, com supervisão de campo da professora Sinara Oliveira, integram o grupo de trabalho.
Na avaliação da diretora do IMDAZ, Patrícia Frank, o começo das atividades do Serviço de Psicologia na instituição será de extrema importância. “Temos observado tanto nos usuários quanto em suas famílias muitos problemas emocionais”, conta. Patrícia também destaca o importante apoio que o grupo de universitários trará para os coordenadores de projetos no instituto e oficineiros que lidam diretamente com as crianças e adolescentes.
Outro projeto que será implantado pelos acadêmicos da UCPel, adianta Patrícia, atenderá crianças a partir de 12 anos com déficit de atenção e dificuldade de aprendizagem. As oficinas desenvolvidas pelo instituto vêm sendo retomadas aos poucos e em conformidade com os decretos estadual e municipal. Estão tendo prioridade nesse retorno crianças em situação de maior vulnerabilidade social
Atualmente, o Instituto de Menores atende cerca de 230 crianças e jovens entre 4 e 17 anos de idade. Diversas oficinas voltadas ao esporte, lazer, cultura e reforço escolar ocorrem ao turno inverso da escola.
Redação: Rita Wicth - MTB 14101