Com cada vez mais apoiadores, o projeto Ação Integrada Assistência e Saúde confirmou, através de um encontro virtual, sua parceria junto a secretários municipais, representantes de universidades e comitês de combate ao coronavírus (Covid-19). Forma-se, assim, uma rede capaz de auxiliar pessoas em situação de vulnerabilidade social, um dos grupos mais prejudicados em tempos de pandemia.
A videoconferência foi realizada na última terça-feira (2) com gestores das áreas de Assistência Social, Saúde e Educação do município. “É importante que os responsáveis por essas políticas tenham conhecimento do projeto, a fim de que possam incentivar a participação dos profissionais que trabalham nas comunidades”, comenta a professora do curso de Serviço Social da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) e também coordenadora do projeto, Vini Rabassa da Silva.
O objetivo é desencadear um processo de educação popular, levando informações que visam uma maior proteção social, desde orientações sobre os sintomas da doença e onde procurar atendimento, passando por dicas de higienização com produtos de limpeza feitos em casa, até como obter cestas básicas e acessar o auxílio emergencial.
A coordenadora do projeto acredita que, quando doenças atingem áreas mais vulneráveis, tende a se reproduzir de uma forma violenta, considerando a proximidade das pessoas e a falta de condições adequadas. “Com isso, tem sido entre a população mais pobre não só o maior número de contaminados, mas também o maior número de óbitos”, avalia.
A partir da próxima semana, o foco do projeto volta-se para os encontros virtuais junto à comunidade. Foram divididos por bairros, a fim de concentrar as demandas das populações do Fragata (dia 8), Três Vendas (9), Areal (10), São Gonçalo (15), Centro (16), Colônia Z-3 (17) e área rural (18). A pauta deve incluir medidas preventivas e direitos assistenciais.
A intenção é atingir os moradores das respectivas comunidades, tornando-os em agentes mobilizadores de suas vizinhanças. “Apostamos num efeito multiplicador da comunicação verbal. Então, uma forma de atingir as pessoas que residem na periferia é nos aproximarmos das pessoas que já estão lá e podem fazer o convite direto”, explica a professora, que também é vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Políticas Sociais e Direitos Humanos da UCPel.
O Ação Integrada teve início no mês de maio com o mapeamento estratégico de famílias que se encontram em áreas de vulnerabilidade social. Os dados foram transmitidos por agentes sociais que atuam nas UBS administradas pela UCPel. Após identificação, as famílias receberam atendimento e cestas básicas. O trabalho de mapeamento segue agora com profissionais da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e das UBS da prefeitura.
Interessados em participar dos encontros virtuais podem mandar e-mail para saacaointegrada@gmail.com e, assim, terão ao link. Estará disponível para moradores das respectivas áreas. O endereço serve também para todos aqueles que queiram contribuir para o desenvolvimento do projeto.
Redação: Max Cirne