/ Notícias / Projeto da UCPel na área da saúde atende moradores em situação de rua
Acadêmicos dos cursos da saúde da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) implementam o projeto “Médicos de Rua”, voltado a levar atendimento para moradores em situação de rua da cidade. Neste sábado (22), às 9h, na rua Professor Araújo, 1819, ocorrerá a primeira atividade do grupo com a realização de atendimentos clínicos e exames físicos.
De acordo com as idealizadoras do projeto, as acadêmicas da Medicina Hyngrid Sousa e Viviane Waskiewicz, a intenção é levar saúde de forma integral para a população em situação de rua, com um atendimento centrado na pessoa. “Também queremos ser resolutivos no dia da ação e garantir seguimento no atendimento, fazendo com que o paciente se vincule ao projeto e seja atendido mensalmente”, comentam.
As ações estão previstas para ocorrer quinzenalmente nos sábados, às 9h, inicialmente na rua Professor Araújo, 1819. De acordo com as estudantes, após a primeira atividade, a intenção será a de ampliar esses atendimentos, indo ao encontro dessa população em outras localidades da cidade.
Para os coordenadores do projeto, os professores Cayo Lopes e Tiago Maas, a iniciativa trará para a formação acadêmica uma visão ampla do ser humano e da situação de vulnerabilidade em que a população de rua se encontra. “Abre a visão desses futuros profissionais da saúde, mostrando a eles as limitações que essas pessoas estão passando, por diversos motivos. No geral, essa experiência na formação permitirá uma visão mais humanizada e um melhor entendimento sobre a importância de ter direito aos serviços de saúde”, explica Cayo.
O projeto intitulado como Médicos de Rua foi criado há 28 anos pelo médico e professor Jim Whiters, em Pittsburgh, na Pensilvânia, para dar assistência à saúde de pessoas em situação de rua. No ano de 2015, o neurologista Mário Vicente Campos Guimarães, professor da Faculdade de Medicina da Anhembi-Morumbi, de São Paulo, conheceu o projeto em uma viagem aos Estados Unidos e vislumbrou desenvolver atividades semelhantes no Brasil. Desde então, novas cidades brasileiras começaram a abraçar esta causa.
Redação: Bruno Bohm
