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Projeto da Fisioterapia da UCPel auxilia remadores
16.08.2013 | 16:27 | #fisioterapia
Projeto da Fisioterapia da UCPel auxilia remadores
O curso de Fisioterapia da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) vem desenvolvendo mais um estudo inovador, desta vez ligado a atletas praticantes de remo. Através da parceria com a academia Remo Tissot/Centro Português, acadêmicos da Instituição irão desenvolver uma série de pesquisas ligadas à prática do esporte, ainda pouco explorada na literatura científica. 

E a primeira delas, visando avaliar o posicionamento dos ombros de atletas, já apresenta resultados. O estudo desenvolvido pelos acadêmicos Adriano Würdig e Théo Della Vechia, orientados pelo professor Flaviano da Silva, detectou que 100% da amostra de praticantes da modalidade remo apresentaram desalinhamento de ombro.

Para analisar a postura de sete atletas participantes do estudo, os acadêmicos utilizaram o método da biofotogrametria computadorizada. A técnica se utiliza de pontos para marcação de partes do corpo, que são fotografadas de frente e perfil, facilitando a detecção de posturas viciosas. 

Os resultados foram traçados através do software de avaliação postural SAPO, onde os pontos demarcados nas fotografias são medidos em graus facilitando a detecção de possíveis alterações. “Quando o atleta chega à clínica é realizada a avaliação e o caso é discutido entre os alunos integrantes do projeto”, explica o professor. Além das imagens, também foi aplicado questionário para avaliação de sintomas osteomusculares.

A parceria, além render novos estudos sobre a prática do remo, ainda beneficia remadores que já contam com apoio da Clínica de Fisioterapia da UCPel para amenizar algias comuns na prática do esporte, que tem movimentos repetitivos devido a mecânica da remada. “A prática do remo precisa de acompanhamento de fisioterapeutas em função das incidências de lesões”, afirma o técnico de remo e proprietário da academia, Ogner Tissot.  

Segundo dados apresentados pela pesquisa dos acadêmicos, dos 100% dos atletas que apresentaram desalinhamento de ombro, 57% apresentaram o ombro direito mais elevado, enquanto que 43% apresentaram o esquerdo. A média dessa alteração ficou em 2,33 graus. Através das imagens de perfil também foi possível identificar que os atletas apresentaram protusão de ombro tanto no lado direito quanto no do esquerdo. 

Todos os participantes da pesquisa treinavam em média duas vezes por semana, por cerca de quase duas horas. Na amostra somente foram incluídos atletas que praticavam o esporte há mais de seis meses. 

As alterações detectadas no trabalho dos estudantes demonstram que o desalinhamento de ombro pode levar a um aumento do risco de lesões, à sintomatologia de dor e à diminuição da eficiência no esporte. “Nossa intenção é agir para evitar algias que possam afastar o atleta de seu treinamento”, explica Silva. Para o professor, os resultados reforçam a ideia de que o fisioterapeuta tem importante papel dentro do esporte, colaborando para prevenir e minimizar alterações não só na região do ombro, como também em outras partes do corpo. 

Atendimento
A mineira Juliana Junqueira, de 25 anos, foi uma que se encantou pela prática do remo. Flautista, formada em música e professora do Estado do Rio Grande do Sul, sentiu logo no início de sua inclusão no esporte dores nas costas. “Eu achei que as dores que comecei a sentir eram em função do remo”, lembra. A atleta foi orientada pelos profissionais da academia a procurar a Clínica de Fisioterapia da UCPel.

“Lá descobri que já tinha um histórico de má postura e as dores nas costas não eram por causa do remo”, diz. Com três sessões e orientações para evitar novas dores, Juliana não precisou interromper mais seus treinamentos, que ocorrem duas vezes por semana.  

Projetos futuros
Dentre os projetos programados para iniciar, está o trabalho de formação de novos remadores, onde logo no início da prática do remo os acadêmicos da Fisioterapia atuarão para corrigir desvios já existentes e que podem ser agravados com o esporte. “Antes dos novos atletas iniciarem a prática do remo, iremos realizar a avaliação postural pela Biofotogrametria e acompanhar os treinamentos e o desenvolvimento dos praticantes”, diz Silva. 

Outro tópico que também deve ser desenvolvido em breve será a avaliação postural durante as remadas, onde o atleta receberá pontos em partes específicas do corpo para análise postural durante a prática.
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