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Professor da UCPel tem trabalhos premiados nacionalmente
28.07.2015 | 15:31 | #medicina
Professor da UCPel tem trabalhos premiados nacionalmente
O docente do curso de Medicina da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) Thiago Gonzalez Barbosa e Silva teve dois trabalhos premiados em congressos brasileiros nos últimos meses. Ambos os estudos versam sobre sarcopenia, termo técnico utilizado para definir a perda progressiva de massa magra e força muscular que se evidencia na terceira idade.

O estudo Validação do questionário SARC-F para o português (Brasil) e associação de métodos para melhorar sua eficácia: Proposta de um novo algoritmo para o rastreio clínico de sarcopenia foi premiado como melhor trabalho clínico de tema livre no Ganepão 2015 – 6º Congresso Brasileiro de Nutrição Integrada (CNBI) e 2º Congresso Brasileiro de Pre, Pro e Simbióticos (PreProSim), em junho. Trata-se da tradução do questionário, originalmente escrito em inglês, que contém cinco critérios de avaliação para detectar a sarcopenia. O trabalho foi, também, publicado no periódico científico Journal of Cachexia Sarcopenia and Muscle.

Outro trabalho premiado que contou com a coautoria de Barbosa e Silva foi a dissertação Prevalência de sarcopenia em idosos não-institucionalizados de uma
cidade brasileira de médio porte, apresentado na 17ª Jornada de Inverno da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia do Rio Grande do Sul (SBGG-RS), em maio. O estudo, desenvolvido dentro do Consórcio de Mestrado Orientado para a Valorização da Atenção ao Idoso – o chamado consórcio de pesquisa COMO VAI?, do Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) –, avaliou a força, a performance e a massa muscular de 1.500 moradores de Pelotas, com idade de 60 anos ou mais, por meio de três exames. Dentre os idosos avaliados, houve prevalência de sarcopenia em 13,9%, a maioria formada por sedentários, fumantes, solteiros, de baixa escolaridade, baixo nível econômico e baixo peso. Além disso, aproximadamente um em cada dez idosos de 60 a 69 anos está na fase pré-clínica da doença. 

As informações obtidas podem servir de alerta para o desenvolvimento de políticas públicas que atuem na prevenção desse quadro clínico. Conforme o professor, a sarcopenia pode ser um agravante para quedas ou patologias, como diabetes, osteoporose e hipertensão, por exemplo. “Esse estudo mostra caminhos para prevenir essa doença. Muitas vezes, a intervenção nem é médica, mas feita com exercícios físicos monitorados e acompanhamento nutricional adequado. Isso pode frear bastante a doença”, explicou, ao comentar que, na América Latina, há apenas uma pesquisa sobre o tema, além da desenvolvida em Pelotas.

Além de lecionar na UCPel, Barbosa e Silva é doutorando em Epidemiologia pela UFPel.
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