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Professor da UCPel lidera no Brasil novo estudo para detectar alterações precoces do Alzheimer
Professor da UCPel lidera no Brasil novo estudo para detectar alterações precoces do Alzheimer
Um estudo inovador do Programa de Pós-Graduação em Saúde e Comportamento da Universidade Católica de Pelotas (PPGSC/UCPel) pretende desvendar os mecanismos iniciais responsáveis pelo desenvolvimento da Doença de Alzheimer. Liderada pelo professor Adriano de Assis, a pesquisa inovadora no país poderá contribuir para a detecção precoce da doença, que via de regra ocorre de forma tardia. 
 
Para comprovar uma nova teoria sobre o surgimento do Alzheimer, Assis passará quatro meses como professor visitante na Universidade de Lausanne, Suíça. Lá, junto ao professor Luc Pellerin, integrante do Departamento de Fisiologia, estudará alterações neurofisiológicas e neuroquímicas que ocorrem nos primeiros estágios do Alzheimer. 

O estudo proposto pelo docente da UCPel busca mapear alterações iniciais no metabolismo energético de neurônios privados de suprimento. “Ainda não se sabe o porquê de alguns neurônios passarem a consumir mais energia do que outros, gerando desiquilíbrio e morte de algumas células”, disse. A morte desses neurônios pode ser considerada o começo da doença de Alzheimer, completa.

Para realização da análise in vitro, o docente utilizará células de neurônios manipuladas geneticamente para excluir a proteína responsável pelo transporte de lactato. “Com isso, o neurônio começa a ficar sem suprimento para realizar as funções da célula e morre. Queremos ver se isso pode gerar a deposição de substâncias deletérias no cérebro assim como ocorre com a doença de Alzheimer”, informa. De acordo com o pesquisador, o período em que as células competem por mais energia é assintomático e sem alteração na memória e no comportamento do indivíduo.

A teoria mais aceita atualmente é a “teoria da cascata amiloide”; ela ocorre em um período posterior a teoria neuroenergética, defendida por Assis. “Acredita-se que antes do acúmulo da proteína amiloide no sistema nervoso existam outros mecanismos que podem ser responsáveis pelo Alzheimer, como a falha energética”, completa. Atualmente, não existem estratégias farmacológicas capazes de prevenir ou impedir a progressão da doença.

O estudo proposto pelo PPG Saúde e Comportamento da UCPel vai ao encontro das estratégias utilizadas em grandes centros internacionais da área. A partir da experiência, Assis trará novas tecnologias ao país, promovendo avanço científico nos projetos já realizados na Universidade. 

A proposta de estudo do docente da UCPel foi uma das selecionadas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Ao retornar ao país, Assis dará sequência à pesquisa no Laboratório de Neurociências Clínicas da Instituição. Caso a teoria seja comprovada, será possível propor mecanismos terapêuticos prévios antes da instalação da morte celular, desta forma prevenindo a progressão da doença. 

Redação: Rita Wicth – MTB 14101
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