Que todos os gaúchos conhecem a história dos Heróis Farroupilhas, isso todo mundo já sabe. Mas, e as grandes pequenas histórias de cada pedaço de chão que compõe o pago riograndense? A Associação Cavaleiros da Costa Doce e a Universidade Católica de Pelotas (UCPel) se uniram para contar esses “causos”. Com a intenção de mostrar para a própria região o que ela tem de melhor, a parceria renderá frutos como um documentário, um livro e uma cartilha destinada a estudantes do Ensino Fundamental. O lançamento ocorreu no dia 18, no espaço da UCPel na Fenadoce.

As histórias serão contadas pelas palavras de um personagem que luta para preservar as tradições da região da Costa Doce. Helmo de Freitas, o Carijó, “cantador” e musicista, guiará o fio condutor das histórias, memórias, locais e costumes regionais retratados em imagens e textos. A partir da história oral, alunos da Católica atuarão em roteiros, captação de imagens, edição, redação e outros elementos fundamentais na criação do material. “Aceitamos esse desafio como parte da percepção da Universidade de valorização da cultura e de comprometimento com a região. Fazemos parte dessa conjuntura regional e, para nós, é uma honra muito grande estar à frente desse projeto”, disse o diretor do Centro de Educação e Comunicação, professor Jairo Sanguiné Júnior.

Para Helmo de Freitas, a iniciativa é necessária para que, principalmente, os jovens conectem-se com o mundo calcado nas experiências históricas. “Estou satisfeito por participar desse projeto. A parte mais rica de uma cultura é lembrar o passado”, pontuou.

O presidente da Associação dos Cavaleiros da Costa Doce, Carlos Gonçalves, destacou o apoio recebido pela Católica. “Vamos buscar fazer com que esses depoimentos mostrem a importância da nossa região para o Rio Grande do Sul”, acrescentou.

Na ocasião, o reitor Alencar Mello Proença disse que a UCPel sente-se engrandecida em poder levar à comunidade local – e até mesmo ao país – as imagens e histórias da Costa Doce. “O papel da Universidade é transmitir o conhecimento acadêmico e dialogar com a comunidade. Esses dois saberes é que fazem a cultura”, salientou.