A campanha em defesa da obrigatoriedade do diploma para exercício da profissão de jornalista, organizada pela Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e por Sindicatos de Jornalistas de todo o Brasil, tem realizado manifestações em todo o país.
Todo o movimento vem contra o recurso que pretende desregulamentar a atividade de jornalista com a não-exigência de curso superior para exercê-la. Na Universidade Católica de Pelotas (UCPel), a ação será lançada nesta quinta (7), no auditório do Campus II, às 19h.
A atividade é organizada pela coordenação do curso de Jornalismo e pelo Diretório Acadêmico Vladimir Herzog (DA/ECOS). A proposta, de acordo com o diretor do Centro de Educação e Comunicação, professor Jairo Sanguiné Júnior, é explicar e discutir com os alunos a situação dos profissionais de jornalismo caso o recurso seja aprovado. “Eles serão diretamente afetados por isso”, explica Sanguiné.
O evento conta com a participação de representantes do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul. Estarão presentes o primeiro secretário, Salvador Tadeo, o diretor, Luiz Armando Vaz e o delegado regional, Carlos Machado.
Dia da votação do recurso será de manifestações
Na próxima quarta (13), o Recurso Extraordinário (RE) 511961 que desregulamenta a profissão de jornalista, com a retirada da obrigatoriedade do diploma em curso superior de Jornalismo para que a atividade seja exercida, será votado no Supremo Tribunal Federal.
Na data, ocorrerá uma intensa manifestação em todo o Brasil contra a aprovação do recurso. No Rio Grande do Sul, o dia será marcado com marcha pelo diploma em Porto Alegre, onde participarão jornalistas, diretores de Sindicato, professores e estudantes de jornalismo.
Em um manifesto à nação, a FENAJ defende que derrubar o diploma como requisito à prática profissional significará retrocesso há um tempo em que o acesso ao exercício do Jornalismo dependia de relações de apadrinhamentos e outros interesses que não o real compromisso com a função social da mídia.
O documento ainda ressalta a história de luta da categoria pela profissão, regulamentada há 70 anos, que está ameaçada pela possível aprovação do recurso que dará direito a qualquer cidadão de exercer a atividade, mesmo que não tenha concluído nem o ensino fundamental.