O enfrentamento da fome também é prioridade durante a pandemia mundial do novo coronavírus (COVID-19). O Núcleo de Economia Solidária e Incubação de Cooperativas da Universidade Católica de Pelotas (Nesic/UCPel) integra o Fórum em Defesa da Soberania Alimentar de Pelotas e, juntamente aos movimentos sociais, lançou em caráter emergencial uma campanha para fomentar a agricultura familiar da região e amenizar a fome daqueles em situação de vulnerabilidade social.
Conforme explica o coordenador do Nesic, Tiago Nunes, a ação pretende arrecadar doações em dinheiro para que sejam comprados alimentos diretamente dos agricultores da região. “Desta forma garantimos a manutenção do trabalho destas famílias e o alimento na mesa daqueles que sentem severamente a fome”, explica. A iniciativa conta com o apoio da professora do Serviço Social, Cristine Jaques Ribeiro, e do Grupo de Estudos e Pesquisa (GEP) Questão Agrária, Urbana e Ambiental – Observatório dos Conflitos da Cidade.
Na primeira etapa da campanha, a meta é a aquisição de mil litros de leite. Em seguida, deverão ser inseridos outros itens básicos de consumo familiar no projeto, como arroz e feijão. As doações podem ser realizadas através de depósito bancário no Banco Cooperativo Sicredi, Agência 0663, Conta 05371-0.
O Fórum também pretende trazer à tona a importância da aquisição de produtos de cooperativas da agricultura familiar e da Reforma Agrária, através do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), na modalidade Compra Direta, incentivando a sustentabilidade do meio rural.
Além disso, o grupo reforça que o Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) e da Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (SSAN) precisam ser protagonistas no âmbito das políticas públicas. “Embora seja papel do estado essa articulação, nosso principal objetivo é garantir a segurança e soberania alimentar, do campo e da cidade, através de uma corrente de solidariedade que também fortalece a compra direta e geração de renda para a agricultura familiar da região”, conclui o coordenador.
Redação: Mariana Santos